Como minerar Bitcoin? Vale a pena? Entenda tudo!

Como minerar Bitcoin? Vale a pena minerar em casa? Confira aqui quais são os equipamentos e a estrutura necessária para fazer isso de forma eficiente e segura.

Redação Coinext
Última atualização:
19/9/2025
Bitcoin
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Você sabe realmente como minerar Bitcoin? Neste guia, vamos mostrar quais são os equipamentos necessários, qual a estrutura ideal para minerar BTC de forma eficiente e segura, além das perspectivas atuais para a mineração.

No início, era possível minerar Bitcoin apenas com computadores pessoais, mas hoje o cenário mudou completamente. A atividade passou a ser dominada por grandes empresas especializadas, que utilizam máquinas de alto desempenho (ASICs) e softwares desenvolvidos exclusivamente para o processo de mineração de criptomoedas.

Esse tema levanta várias dúvidas comuns: como funciona a mineração de Bitcoin, qual é a viabilidade de gerar novas moedas, quais fatores influenciam no processo e se ainda compensa “fazer Bitcoin” em casa ou em empresas menores. Será que minerar Bitcoin ainda é uma boa ideia? Ou já é hora de buscar alternativas mais acessíveis, como investir diretamente em criptomoedas ou participar de pools de mineração?

Antes de responder a essas questões, é essencial entender primeiro o que é a mineração de criptomoedas e como funciona especificamente a mineração de Bitcoin.

O que é a mineração de Bitcoin?

A mineração de Bitcoin é o processo necessário para manter e expandir a rede do Bitcoin, que envolve a validação das transações, a segurança do sistema, e a emissão de novas moedas. 

O Bitcoin é uma moeda de Proof-of-Work (Prova de trabalho), o que significa que a cripto precisa de um certo poder computacional (conhecido também como “hashrate”) para conseguir confirmar as suas transações. Veja o vídeo e entenda o que é a mineração de criptomoedas:

Como o Bitcoin é descentralizado e não possui nenhum servidor próprio, essa computação é garantida por vários computadores presentes na rede, cada computador é chamado de node.

Esse processo ocorre dentro do sistema de Blockchain, que seleciona esses computadores, os Nodes. Os computadores selecionados aleatoriamente disputam entre si para resolver uma equação matemática (chamada de Hash) e validam uma transação e mantêm a segurança da rede.

O Node que consegue resolver a equação minera um bloco e recebe a recompensa pela atividade como incentivo para os mineradores se manterem na rede.  De forma bem essencial, é assim que a mineração do Bitcoin (BTC) funciona. Você pode consultar informações de como se tornar um node no site principal do Bitcoin.

Como minerar Bitcoin atualmente?

Desde maio de 2021, em meio à crise global de saúde, a escassez de placas de vídeo de alto desempenho (GPUs) impactou diretamente o setor de mineração de criptomoedas. Essa falta reduziu a competitividade em determinados períodos e chegou a aumentar a rentabilidade momentânea para alguns mineradores. No entanto, a mineração feita em computadores individuais se tornou cada vez mais inviável e cara, tanto pelo alto consumo de energia quanto pela dificuldade de competir com grandes operações.

Atualmente, a tendência dominante na mineração é o uso de hardwares especializados, conhecidos como ASICs (Application Specific Integrated Circuits), ou Circuitos Integrados de Aplicação Específica. Esses equipamentos são desenvolvidos exclusivamente para minerar criptomoedas, oferecendo muito mais eficiência e poder de processamento em comparação a GPUs convencionais.

A tecnologia dos ASICs começou a ganhar relevância por volta de 2014, com a popularização trazida pela empresa Bitmain, e hoje representa o padrão do mercado para quem deseja minerar Bitcoin em escala competitiva. Esse movimento consolidou a mineração como uma atividade dominada por grandes fazendas especializadas, capazes de operar com infraestrutura robusta e custos otimizados.

Quais os equipamentos necessários para minerar Bitcoin?

Com a popularidade do processo de mineração do Bitcoin, o que antes podia ser realizado com o CPU em um computador pessoal, hoje precisa de um poder e de um gasto energético mais alto.

Com a evolução da tecnologia e o aumento na dificuldade da mineração de bitcoins (hashrate), existem diferentes equipamentos mineradores de BTC, mas para ficar na frente da concorrência e obter lucros, é fundamental contar com mineradoras especializadas nessa atividade.

A empresa Bitmain trabalha com chips de circuito integrado específicos de aplicativos para mineração de Bitcoin e, por volta de 2014, lançou sua tecnologia de chips ASICS, feitos exclusivamente para a mineração da moeda. 

Desde então, as máquinas que contam com este chip realizam a atividade de mineração melhor de forma mais otimizada do que qualquer outro computador, tornando até mesmo inviável realizar a mineração de outras maneiras.

A máquina que roda o sistema chips ASICS que você deve comprar caso queira minerar seus próprios Bitcoins é a Antminer, vendida pela Bitmain. 

Fonte: Captura de Tela Bitmain.

É legal minerar Bitcoin em casa?

Sim, minerar Bitcoin é totalmente legal. Tecnicamente, é possível realizar a atividade em casa utilizando equipamentos ASIC, GPUs ou até CPUs. No entanto, a prática se tornou cada vez mais inviável financeiramente.

O problema está nos altos custos de investimento: além do preço elevado das máquinas e do consumo intenso de energia, é necessário investir em climatização adequada para evitar o superaquecimento e até em isolamento acústico, já que os equipamentos geram muito ruído.

Por isso, embora minerar Bitcoin em casa seja permitido, a baixa margem de lucro e os custos operacionais elevados tornam essa alternativa pouco atrativa para investidores individuais. Hoje, a mineração é dominada por grandes operações especializadas, capazes de diluir custos e operar de forma muito mais eficiente.

Vale a pena minerar Bitcoin?

O alto custo da energia elétrica no Brasil é um dos principais fatores que tornam a mineração de Bitcoin uma atividade pouco viável para a maioria dos investidores individuais. Em grande parte dos casos, o gasto com eletricidade supera os retornos obtidos, fazendo com que a operação se torne financeiramente desvantajosa.

Além da energia, existem outros pontos que impactam diretamente a viabilidade da mineração de Bitcoin no país, como o investimento inicial em equipamentos especializados, os custos de manutenção, a necessidade de climatização adequada e a crescente dificuldade da rede.

Nos próximos tópicos, vamos detalhar esses fatores para entender melhor se minerar Bitcoin no Brasil ainda pode ser uma oportunidade,  ou se alternativas como cloud mining e investimento direto em criptomoedas fazem mais sentido:

Custo com máquinas

O primeiro custo da mineração de Bitcoin está na aquisição de equipamentos especializados. Mesmo utilizando um ASIC, uma única máquina dificilmente gera lucro significativo, sendo necessário pensar em uma operação maior, com várias unidades, para alcançar resultados consistentes.

Além do investimento inicial no hardware, é preciso considerar custos adicionais, como frete, importação, impostos e taxas de manutenção. No Brasil, esses valores tendem a ser ainda mais altos devido à carga tributária e à logística de importação.

Somado a isso, há o gasto contínuo com energia elétrica, que representa o maior peso na operação. Em muitos casos, o custo da energia supera os ganhos obtidos com a mineração, tornando a atividade pouco vantajosa para quem deseja minerar de forma individual.

Por isso, a mineração de Bitcoin é vista como um investimento arriscado e de alto custo, sendo dominada por grandes empresas especializadas, capazes de operar em escala e otimizar despesas.

Taxas

Depois de minerar Bitcoin, é fundamental considerar as taxas envolvidas para converter os ganhos em moeda fiduciária, além dos custos associados à participação em pools de mineração, que hoje são praticamente indispensáveis para obter resultados consistentes.

Os pools de mineração funcionam como plataformas que reúnem diversos mineradores, permitindo a soma do poder computacional para aumentar as chances de validar blocos e receber recompensas. Diante da alta dificuldade da rede e da forte competitividade, participar de um pool deixou de ser opcional e se tornou uma exigência para mineradores individuais.

Por outro lado, essa escolha traz um custo adicional: uma taxa de administração, descontada diretamente dos lucros. Em geral, essas tarifas variam entre 1% e 2% do valor das recompensas distribuídas. Embora representem uma redução no ganho final, elas são compensadas pela maior previsibilidade de receitas e pela estabilidade que os pools oferecem em comparação à mineração solo.

Curiosidade: O Mempool do Bitcoin é a fila de transações aguardando confirmação. Durante picos de demanda, as taxas podem aumentar, mas a Lightning Network ajuda a contornar isso.

Já para vender as moedas para obter o lucro em fiat (real), é preciso pensar nas taxas das corretoras. A Coinext tem uma das melhores taxas do mercado, que podem variar entre 0,25% e 0,50% sobre o valor da operação, e uma taxa de saque em reais de R$4.99.

Custos com infraestrutura

Além do alto gasto com energia elétrica, quem deseja iniciar na mineração de Bitcoin precisa considerar dois fatores muitas vezes ignorados: o ambiente climatizado e o isolamento acústico. Esses elementos são essenciais para garantir a eficiência dos equipamentos e a viabilidade da operação no dia a dia.

  • Ambiente climatizado: mineradores de Bitcoin funcionam 24 horas por dia e geram uma grande quantidade de calor. Sem refrigeração adequada, o equipamento pode superaquecer, reduzindo sua vida útil e aumentando o risco de falhas. Por isso, manter os aparelhos em um ambiente frio e bem ventilado é indispensável;
  • Isolamento acústico: outro ponto relevante é o barulho. Máquinas de mineração emitem um som intenso e constante, o que pode se tornar incômodo em residências ou locais próximos a vizinhos. Ter um cômodo preparado com isolamento acústico ajuda a evitar problemas de convivência e garante mais conforto para o próprio operador.

Esses dois aspectos, somados ao custo de energia, mostram que minerar Bitcoin exige muito mais do que apenas comprar um equipamento, é preciso estrutura adequada para operar de forma eficiente e sustentável.

Gastos com energia elétrica

Chegamos ao ponto mais importante quando o assunto é mineração: o gasto com energia elétrica. Esse é o fator que, na prática, define se a atividade será ou não lucrativa.

Para calcular os custos, o processo é simples:

  1. Escolha um modelo de mineradora ASIC e verifique seu consumo de energia;
  2. Consulte o valor do kWh na sua conta de luz, que pode variar de cidade para cidade;
  3. Use uma calculadora de mineração online para cruzar esses dados com a cotação atual do Bitcoin;
  4. Considere que a máquina precisa funcionar 24 horas por dia para ser competitiva.

Com isso, é possível estimar a quantidade de Bitcoins minerados, o custo mensal de energia e o lucro líquido, já descontando os gastos.

Na maioria dos cenários no Brasil, o resultado mostra que a mineração caseira de Bitcoin não é financeiramente viável, principalmente porque não inclui despesas adicionais com climatização, isolamento acústico e possíveis bandeiras tarifárias na conta de luz.

É por esse motivo que os maiores centros de mineração estão concentrados em países com energia elétrica muito mais barata, enquanto no Brasil a atividade costuma ser restrita a grandes operações especializadas.

Em resumo, para o investidor comum, comprar Bitcoin diretamente costuma ser mais vantajoso do que tentar minerar em casa. Quer saber mais se vale a pena minerar Bitcoin? Acesse nosso vídeo:


Existem alternativas para mineração de Bitcoin?

Existem diferentes alternativas para a mineração de Bitcoin. O trade, por exemplo, talvez seja a melhor forma de conseguir Bitcoins sem tanto gasto com a estrutura que citamos durante este guia.

Duvide de promessas milagrosas. Recentemente surgiram vários projetos que falavam de mineração em nuvem com servidores no Paraguai ou outros países, e todos eram um esquema de pirâmide que trouxeram vários prejuízos.

A mineração em nuvem não se provou algo funcional que pode trazer lucros, por isso, é importante pesquisar muito sobre o projeto antes de realizar qualquer investimento.

No final das contas, a mineração acaba exigindo um alto investimento e dando um retorno mais baixo do que a expectativa. Uma ótima alternativa, com um custo muito menor, é optar por investir na própria criptomoeda. Essa alternativa é mais simples, segura e com maior possibilidade de lucro.

Minerar outras criptomoedas

Por fim, outra possibilidade é a mineração de outras moedas digitais com menos dificuldade. Moedas pequenas, como DogeCoin, Litecoin, ZCash e Grin são relativamente mais fáceis de gerar lucros, algumas até são resistentes à ASIC e facilitam a mineração por CPU/GPU.

No entanto, a mineração acaba dependendo muito do valor da criptomoeda e caso uma valorização massiva nas altcoins não chegue, pode ser que montar uma operação de altcoins, como a mineração de Dogecoin e mineração de Litecoin, também seja pouco ou zero lucrativa aqui no Brasil.

Com essas informações, você já sabe como minerar Bitcoin, bem como as vantagens e os riscos dessa atividade.

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Redação Coinext
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