Confira as melhores criptomoedas para novembro de 2024

Histórico de altas em outubro destaca o potencial do Bitcoin, enquanto novas criptos despontam. Saiba quais ativos investir em novembro!

Taiamã Demaman
Última atualização:
31/10/2024
Criptomoedas
Black Friday Coinext Crypto Friday

Outubro historicamente tem se mostrado um mês favorável para o Bitcoin: desde sua criação, o ativo apresentou alta em 10 ocasiões e queda em apenas quatro. Esse padrão levou a comunidade a cunhar o termo "Uptober" para descrever o fenômeno. Embora o mês tenha começado de forma moderada, o Bitcoin registrou uma alta de cerca de 10% entre o dia 1º e o dia 30, além de passar novamente à marca dos US$70 mil, o que fez com que o ativo batesse o recorde em reais devido à cotação do Dólar, passando pela primeira vez da casa dos R$400 mil. Essas movimentações impulsionam o mercado cripto como um todo, trazendo valorização para outras criptomoedas na esteira de seu crescimento.

Este momento marca um ponto crucial para o mercado cripto, que vem conquistando crescente validação entre investidores institucionais e reguladores. A aprovação dos ETFs de Bitcoin e Ethereum pela SEC no início do ano reforça essa tendência. Com o aumento do interesse no setor e a consequente entrada de novos investidores, os analistas da Coinext Research estruturaram uma carteira essencial composta por ativos consolidados, adequada tanto para iniciantes quanto para investidores experientes.

Em nossa seleção, optamos por não incluir o Bitcoin para destacar outros ativos relevantes. Como principal e mais valorizada criptomoeda, o Bitcoin é indispensável para quem está iniciando uma carteira. Dessa forma, selecionamos cinco criptomoedas com projetos sólidos e bom potencial de crescimento, com perspectivas positivas para novembro e os próximos meses.

Criptos promissoras para novembro

Confira as critomoedas promissors para novembro de 2024, escolhidas pelo Head de Research da Coinext Taiamã Demaman e o seu time:

Ethereum (ETH)

O Ethereum é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, com uma capitalização estimada em US$ 320 bilhões. Operando como uma plataforma descentralizada de código aberto baseada em blockchain, ele permite a criação e execução de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps). Fundado em 2015 por Vitalik Buterin e outros desenvolvedores, o projeto trouxe a visão de uma “computação mundial descentralizada”, na qual desenvolvedores podem construir e gerenciar aplicações sem dependência de servidores centrais ou de terceiros. Sua criptomoeda nativa, o Ether (ETH), é usada para transações e para suportar a economia interna da rede Ethereum.

Para investidores que buscam uma carteira diversificada e robusta, o Ethereum é essencial, não apenas pelo potencial de valorização, mas também pelas soluções que oferece a outros protocolos no ecossistema cripto. Com aproximadamente US$ 50 bilhões em Valor Total Bloqueado (TVL) em plataformas DeFi, o Ethereum demonstra a confiança e o envolvimento contínuo de seus usuários.

Embora tenha enfrentado desafios para manter seu preço, a dominância social do Ethereum aumentou, refletindo um crescimento no interesse e nas discussões sobre o ativo nas redes sociais. Esse aumento na visibilidade pode ampliar a demanda, favorecendo o preço do ETH se o interesse se mantiver. Dados da CoinTelegraph mostram que o Ethereum está testando um nível de suporte crítico, mantendo-se acima de US$ 2.400, um patamar que já favoreceu uma alta de 160% anteriormente, sinalizando uma possível recuperação em direção aos US$ 6.000.

Em 25 de outubro, ocorreu uma movimentação significativa com a retirada de 543.000 ETH (aproximadamente US$ 1,3 bilhão) da corretora Coinbase, o que geralmente é associado ao interesse institucional e a estratégias de holding de longo prazo. De acordo com a CoinTelegraph, o Ethereum se aproxima de sua linha de tendência ascendente em relação ao Bitcoin, enquanto um Índice de Força Relativa (RSI) sobrevendido — indicador que mede a velocidade e a magnitude dos movimentos de preços em uma escala de 0 a 100 — sugere uma possível recuperação.

De acordo com Taiamã Demaman, Head de Research da Coinext, o Ethereum ainda enfrenta uma pressão de venda mais intensa que o Bitcoin. A marca de US$2.609 é vista como crucial para estabelecer uma nova tendência de alta. Se o Ethereum conseguir fechar o mês acima desse valor e atingir US$2.794 nas primeiras semanas de novembro, ele poderá buscar alvos entre US$2.891 e US$3.270. Diante disso, posicionar-se no mercado antes de novas altas pode ser estratégico, tornando o Ethereum uma das principais criptomoedas para investir em novembro.

Solana (SOL)

Solana é uma blockchain descentralizada projetada para oferecer alta escalabilidade e eficiência. Embora, como no Ethereum, viabilize a criação de aplicativos descentralizados por meio de contratos inteligentes, seu diferencial é o foco em desempenho: a rede Solana permite transações rápidas com custos reduzidos, o que a torna mais escalável e de fácil usabilidade. Com isso, ela aborda o problema do congestionamento nas redes de blockchain, evitando aumentos excessivos de taxas e mantendo sua funcionalidade.

Fundada em 2017 e lançada em 2020 pela Fundação Solana, a rede já abriga milhares de projetos, incluindo Audius (AUDIO) e integração com Chainlink (LINK). Seu token nativo, SOL, é essencial para a segurança e a cobrança de taxas na rede e possui um fornecimento máximo de pouco mais de 508 milhões de tokens. Adotando um modelo deflacionário, Solana realiza queimas de SOL, contribuindo para a escassez e potencial valorização do ativo.

Recentemente, a gestora de ativos VanEck anunciou uma parceria com a plataforma Kiln para integrar o staking de Solana (SOL) em produtos como ETFs, criando uma forma regulada de acesso à criptomoeda. Essa colaboração facilita o staking para investidores institucionais, simplificando o acesso à rede sem a necessidade de gerenciamento direto dos tokens. Segundo a gestora, a parceria representa um compromisso de longo prazo com SOL, unindo as finanças digitais e tradicionais. A Kiln atuará na parte técnica, enquanto a VanEck disponibilizará sua base de clientes. Além disso ela , a VanEck vê a Solana como uma "pedra angular do mercado de ativos digitais" e antecipa uma trajetória de valorização semelhante à dos ETFs de Bitcoin e Ethereum.

O portal FX Street analisou métricas on-chain do DappRadar e destacou o crescimento recente no volume de SOL negociado, no número de transações e de carteiras ativas únicas. Entre 24 e 30 de outubro, o volume de transações passou de 17,4 milhões para 19,2 milhões, enquanto o número de carteiras ativas aumentou de 3,06 milhões para 6,19 milhões. Esse aumento, especialmente nas carteiras ativas, sinaliza uma crescente demanda dos traders por Solana.

Ainda segundo o FX Street, a Solana apresentou uma tendência de alta, chegando ao maior preço em três meses antes de uma pequena correção. O indicador MACD, utilizado para avaliar a força e direção das tendências de preço, mostra o ativo acima da linha neutra, sugerindo uma possível alta de cerca de 9% em relação aos níveis atuais, que estão próximos de US$ 190.

Com essas perspectivas positivas de curto prazo, a possibilidade de maior validação institucional com futuros ETFs, as soluções inovadoras que Solana traz ao mercado cripto e seu potencial de valorização, o ativo é uma excelente opção para acompanhar em novembro.

Uniswap (UNI)

A Uniswap destacou-se como a primeira exchange descentralizada (DEX) a operar com eficiência, viabilizando o surgimento de diversas outras criptomoedas DeFi. O protocolo usa um AMM (Automated Market Maker, ou criador de mercado automatizado), um mecanismo que permite trades sem parear diretamente compradores e vendedores, o que garante transações automáticas. Nesse sistema, os próprios investidores atuam como provedores de liquidez por meio dos pools de liquidez.

Em 10 de outubro, a Uniswap Labs, empresa responsável pela criação do token UNI, anunciou o desenvolvimento de uma blockchain própria, chamada Unichain. Projetada como uma rede de segunda camada conectada à Ethereum, ela faz parte da estratégia da Uniswap para melhorar a eficiência, reduzir custos e expandir a liquidez da plataforma.

Em comunicado, o CEO da Uniswap Labs, Hayden Adams, explicou que, após anos aprimorando produtos de finanças descentralizadas, a empresa identificou pontos de melhoria no blockchain para continuar avançando com a Ethereum. Segundo Adams, a Unichain oferecerá maior velocidade e economia, características das redes de segunda camada, mas com um acesso ainda melhor à liquidez e com maior descentralização. A Uniswap projeta lançar a blockchain para usuários em 2025, com a expectativa de migrar o token UNI para a nova rede. O anúncio gerou uma valorização temporária de 10,2% no ativo em 24 horas, indicando o impacto positivo da novidade no mercado. 

O Head de Research da Coinext, Taiamã Demaman considera o UNI um forte candidato a ser incluído em ETFs no futuro e, potencialmente, a ser classificado como security (valor mobiliário) pela SEC, especialmente se o ETF de Ethereum permitir retornos de staking. Essa mudança pode atrair investidores institucionais, aumentar a regulamentação e trazer mais estabilidade para o mercado cripto. É importante ressaltar que em agosto a B3, lançou o primeiro ETF de Solana à vista no Brasil, chamado de QSOL11. 

Atualmente, o token possui cerca de US$4 bilhões em capitalização de mercado e um TVL (valor total bloqueado) de quase US$5 bilhões. Desde o anúncio da blockchain, o número de endereços de carteira ativos ultrapassou 1,4 milhão, indicando uma adoção crescente do ecossistema Uniswap.

Conforme o portal Benzinga, o preço do UNI subiu 4,64% entre 29 e 30 de outubro, alcançando US$8,16, sendo que o seu topo histórico é de US$44,92. Isso demonstra o potencial de crescimento do ativo, que assume uma posição estratégica para novembro e para 2025, considerando o lançamento de sua blockchain e a possibilidade de inclusão em um ETF no futuro. 

Toncoin (TON)

Toncoin (TON) é a criptomoeda nativa da blockchain The Open Network (TON), desenvolvida pela equipe do Telegram em 2018 para ser uma plataforma de blockchain de alta velocidade e escalável, focada em transações rápidas e com baixos custos. Utilizando o algoritmo de consenso Proof-of-Stake (PoS), TON permite que detentores de Toncoin participem da validação de transações e da segurança da rede, o que impulsionou seu crescimento desde o lançamento.

Uma análise do Portal Invezz com dados da CryptoQuant revelou que Toncoin tem atraído grandes investidores, aumentando sua base de detentores de 7,12 milhões para 108 milhões entre março e outubro de 2024, com uma média de 500 mil novos detentores por dia em outubro. Caso essa tendência continue, a Toncoin poderá ultrapassar a base de usuários do Ethereum até o final de 2024.

O ativo apresenta sinais otimistas, com um aumento de 294% no tempo médio de retenção, o que reflete a confiança dos investidores de médio a longo prazo. Geralmente, uma redução nesse indicador sugere que detentores de curto prazo perderam confiança na moeda. Além disso, as "baleias" aumentaram suas aquisições nas últimas semanas, com um crescimento de mais de 15.000% no fluxo líquido dos grandes detentores, movimento que costuma antecipar valorização no preço dos ativos.

Outro fator positivo é o aumento no Índice de Fluxo Monetário (MFI), que mede a taxa de entrada de liquidez em uma criptomoeda. Valores altos no MFI indicam pressão de compra, enquanto valores baixos sugerem pressão de venda e possível queda de preço. No caso do TON, o elevado MFI indica que a criptomoeda pode superar a marca de US$5,22.

Dessa maneira, por apresentar uma base técnica e fundamental favorável, novembro representa uma oportunidade estratégica para investidores que buscam se posicionar na Toncoin e aproveitar seu potencial de crescimento e valorização.

Chainlink (LINK)

A Chainlink é uma plataforma que permite a diversas empresas, incluindo instituições financeiras, utilizarem sua rede como infraestrutura para registrar transações e dados em múltiplas blockchains.

Funcionando como uma ponte entre dados externos e blockchains, a Chainlink cumpre o papel de “ligação entre cadeias”, processando informações do mundo real e transformando-as em contratos inteligentes validados pelos nós da rede. O token da plataforma, conhecido como LINK, é usado para recompensar os participantes e pode ser negociado em exchanges ao redor do mundo.

Recentemente, ela expandiu seus serviços de oráculos para o Bitcoin pela primeira vez, integrando-se à camada 2 Spiderchain, desenvolvida pela Botanix Labs. Essa inovação permite que o Bitcoin utilize os oráculos da Chainlink, possibilitando o uso de dados do mundo real em contratos inteligentes na rede do Bitcoin, com funcionalidades como contratos inteligentes e rollups. A parceria também inclui o Chainlink Cross-Chain Interoperability Protocol (CCIP), facilitando a transferência de tokens entre blockchains.

Integrações como essa reforçam a Chainlink como uma infraestrutura essencial para a interoperabilidade entre redes, ampliando as utilidades do token LINK e seu papel no ecossistema.

Dados on-chain observados pelo portal Crypto News Flash, com base em informações da IntoTheBlock, indicam tendências de alta para o token LINK. Com fluxos líquidos negativos mantidos nas exchanges por quase um mês, muitos detentores de LINK estão transferindo seus tokens para carteiras privadas, sugerindo uma estratégia de retenção a longo prazo e confiança no potencial de valorização. Esse movimento reduz a oferta circulante nas plataformas de negociação, limitando a possibilidade de grandes liquidações e favorecendo um cenário de valorização.

Assim, a Chainlink se consolida como uma escolha estratégica para investidores em novembro, não apenas pela sua crescente interoperabilidade entre blockchains, mas também pela integração ao ecossistema do Bitcoin, ampliando as aplicações de contratos inteligentes. Esse avanço, aliado ao aumento do uso do token LINK, solidifica a importância da Chainlink em um mercado de criptomoedas em expansão.

Este texto não constitui uma recomendação de investimento. É fundamental que cada investidor realize sua própria pesquisa e obtenha informações adequadas antes de efetuar uma decisão de investimento.

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Autor
Taiamã Demaman
Economista especializado em Web 3.0, é Líder de Pesquisa na Coinext.
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