O conceito de interoperabilidade é fundamental no mercado cripto. Mas, afinal, o que significa interoperabilide? Saiba mais neste texto da Coinext!

As redes blockchain foram algumas das tecnologias que mais cresceram ao longo da última década, aprimorando a eficiência, segurança e transparência em diversos setores da economia.
Neste mercado repleto de projetos, redes e ativos digitais, o conceito de interoperabilidade tornou-se fundamental. Mas, afinal, o que significa interoperabilidade no mercado Web3?
Interoperabilidade, como o termo sugere, representa a capacidade de conexão entre diferentes redes blockchain. Em vez de funcionarem como sistemas isolados, as blockchains podem interagir entre si, trocando informações, ativos e funcionalidades de forma direta e segura.
Essa interação pode ocorrer tanto entre os ativos de blockchain (como a transferência de tokens entre redes diferentes) quanto entre as próprias infraestruturas, permitindo a construção de um ecossistema mais integrado.
Esse conceito está diretamente relacionado ao cross-chain, uma tecnologia que viabiliza a interoperabilidade entre blockchains distintas. O cross-chain funciona como uma ponte que conecta redes como:
Isso possibilita a movimentação de ativos entre as redes sem a necessidade de intermediários centralizados. Graças a isso, usuários podem, por exemplo, transferir Bitcoin para o Ethereum e utilizá-lo em aplicações DeFi, ou movimentar stablecoins entre diferentes blockchains de forma rápida e eficiente.
A interoperabilidade em redes blockchain desbloqueia uma série de recursos e funcionalidades para os utilizadores. Algumas possibilidades incluem:
Por meio de duas redes blockchain interoperáveis, é possível transferir ativos de uma rede para outra. Esta transferência pode ocorrer entre redes independentes de camada 1, ou mesmo entre sidechains e a camada base de um protocolo.
Aprofunde seu conhecimento entenda o que é uma rede de segunda camada (camada 2)
O aumento da escalabilidade é um recurso valioso habilitado pela interoperabilidade blockchain. Isto permite que os ativos possam ser movidos para redes mais escaláveis, o que proporciona normalmente transações mais rápidas e com menor custo.
Por meio de duas redes blockchain interoperáveis, é possível transferir ativos de uma rede para outra. Esta transferência pode ocorrer entre blockchains independentes de camada 1, ou mesmo entre sidechains e a camada base de um protocolo. Um exemplo é a Lightning Network do Bitcoin.
De modo geral, ela aumenta a liquidez geral do mercado. A liquidez, por sua vez, é a facilidade para negociar um determinado ativo. Por meio da interoperabilidade, os usuários podem buscar por diferentes intermediários para liquidar suas posições com maior facilidade. Isto pode ser útil para sair de redes que não possuem ampla adoção.
A pode trazer recursos e vantagens para diversos participantes do mercado. Dessa forma, novas soluções podem ser construídas.
Por exemplo, trocas atômicas entre Bitcoin e Monero podem ser automatizadas por meio de determinadas ferramentas, aumentando o nível de anonimato das transações de BTC.
Conheça também o conceito de oráculos de blockchain e aprofunde seu conhecimento.
A interoperabilidade cross-chain funciona por meio de tecnologias que permitem que diferentes blockchains “conversem” entre si. Em outras palavras, ela cria pontes digitais que conectam redes distintas, possibilitando a troca de informações, ativos e até mesmo a execução de contratos inteligentes em mais de uma blockchain ao mesmo tempo.
As pontes permitem a troca de informações entre diferentes redes blockchain. Um exemplo dessa tecnologia é a RenBridge, que conecta blockchains, como Bitcoin e Ethereum. Neste protocolo é possível, por exemplo, trazer BTC para a rede Ethereum por meio da tokenização do ativo.
Os protocolos de comunicação cross-chain são responsáveis por criar uma “linguagem comum” entre diferentes blockchains. Assim como na internet, em que computadores utilizam protocolos como o TCP/IP para trocar informações, as blockchains precisam de padrões que permitam que seus dados sejam compreendidos e transmitidos com segurança entre redes distintas.
Na prática, esses protocolos garantem que uma blockchain possa enviar e receber dados em tempo real de outra, mesmo que elas tenham arquiteturas diferentes.
As sidechains são redes paralelas destinadas normalmente a promover mais escalabilidade e recursos em redes de camada 1, como o Bitcoin. Um exemplo de sidechain interoperável é a Liquid Network, que permite o envio e resgate do BTC de forma simples e funcional.
As sidechains são fundamentais para a melhoria do uso de redes como o Bitcoin, que seguem um modelo de escala horizontal. Devido às limitações da camada base, transações de menor custo devem ser principalmente liquidadas em soluções de segunda camada.
Notavelmente, transferir BTC ou ETH para uma sidechain normalmente requer uma transação na camada base, que pode ser bastante custosa em momentos de pico.
Os protocolos cross-chain trazem uma série de benefícios que estão transformando o ecossistema blockchain. O primeiro e mais importante é a interoperabilidade, ou seja, a capacidade de diferentes blockchains se conectarem e trocarem informações e ativos entre si. Isso quebra a limitação do funcionamento isolado das redes, permitindo que os tokens circulem de forma mais ampla e que aplicações descentralizadas se tornem cada vez mais integradas.
Outro ponto de destaque é o aumento da liquidez. Com os ativos livres para transitar em várias redes, o volume de negociações cresce e os mercados se tornam mais eficientes, reduzindo problemas como o slippage. Além disso, os protocolos cross-chain oferecem mais eficiência e flexibilidade, já que os usuários podem escolher em qual rede realizar suas operações, aproveitando vantagens como taxas menores, maior velocidade de execução ou mais segurança, dependendo do caso.
Essa interoperabilidade também melhora a experiência do usuário, que não precisa mais se preocupar com a rede em que seus ativos estão. As interações ficam mais fluidas, como se todo o ecossistema blockchain fosse um ambiente único. Isso, por sua vez, impulsiona a inovação no DeFi e na Web3, abrindo espaço para novas soluções, como exchanges descentralizadas cross-chain, sistemas de empréstimos multichain e contratos inteligentes interoperáveis.
Por fim, os protocolos cross-chain podem até reforçar a segurança. Em vez de concentrar todos os ativos em uma única rede, o que cria um ponto único de falha, eles distribuem as operações entre várias blockchains, tornando o ecossistema mais resiliente. Dessa forma, os protocolos cross-chain não apenas ampliam as possibilidades do mercado cripto, mas também ajudam a construir uma infraestrutura mais sólida, eficiente e preparada para o futuro da Web3.





.jpg)

