Sidechains: o que são, como funcionam e como escolher a melhor para investir

Descubra o que são sidechains, como funcionam e quais suas vantagens e desvantagens. Veja exemplos como Polygon e Liquid Network e aprenda a escolher a melhor.

Matheus Araújo
Última atualização:
25/8/2025
Entendendo o Bitcoin e a Blockchain
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À medida que o mercado de criptomoedas evolui, surgem novas soluções para enfrentar os desafios de escalabilidade, velocidade e custo das blockchains tradicionais. Uma dessas inovações são as sidechains, redes paralelas conectadas a uma blockchain principal que permitem maior flexibilidade, segurança e eficiência nas transações. 

Elas vêm ganhando espaço por facilitar o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps), reduzir taxas e desafogar redes congestionadas como Bitcoin e Ethereum. 

Neste guia completo, você vai entender o que são sidechains, como funcionam, quais são suas vantagens e desvantagens, exemplos práticos e os principais critérios para escolher a melhor opção para investir com segurança.

O que são Sidechains?

As sidechains são blockchains paralelas que funcionam de forma conectada a uma blockchain principal (chamada de mainnet), como o Bitcoin ou o Ethereum. Elas permitem que ativos sejam transferidos entre a rede principal e a rede paralela por meio de uma “ponte” (bridge), mantendo interoperabilidade, mas operando com regras próprias.

O objetivo das sidechains é desafogar a blockchain principal, oferecendo maior escalabilidade, velocidade e flexibilidade. Em uma sidechain, é possível testar novas funcionalidades, criar dApps (aplicativos descentralizados), processar transações mais rápidas e baratas, ou até aplicar modelos de governança diferentes, sem comprometer a segurança ou estabilidade da rede principal.

Um exemplo conhecido é a Liquid Network, sidechain do Bitcoin, usada principalmente para transações rápidas e seguras entre exchanges e instituições. No ecossistema Ethereum, sidechains como a Polygon cumprem papel semelhante, ajudando a reduzir custos de transação e aumentar a capacidade da rede.

Saiba também: O que são Óraculos de Blockchain?

Como as sidechains funcionam?

O funcionamento das sidechains é baseado em um processo de interconexão entre duas blockchains distintas: a rede principal (mainnet) e a sidechain. Essa comunicação é viabilizada por um sistema de validação que permite a movimentação segura de ativos entre as duas redes, sem duplicidade ou perda de controle.

Quando um usuário deseja transferir ativos para uma sidechain, esses tokens são bloqueados na mainnet através de contratos inteligentes ou sistemas de custódia, garantindo que não possam ser usados simultaneamente em ambas as redes. Em seguida, um valor equivalente é liberado na rede parelela, representando esses ativos de forma espelhada. O processo inverso ocorre quando o usuário deseja retornar os ativos à rede principal.

Além disso, elas operam com seus próprios validadores e mecanismos de consenso, o que significa que as transações são processadas independentemente da mainnet. Isso permite maior personalização, como aumento de velocidade, taxas reduzidas e suporte a aplicações específicas — tudo sem sobrecarregar a rede original.

Essa separação operacional, combinada à interoperabilidade segura, é o que torna as sidechains tão valiosas: elas funcionam como laboratórios dinâmicos conectados à rede principal, oferecendo escalabilidade e inovação sem comprometer a integridade do sistema.

Quais as vantagens e desvantagens das sidechains?

As redes paralelas oferecem soluções inovadoras para os desafios de escalabilidade e desempenho das blockchains tradicionais. No entanto, como toda tecnologia, também apresentam pontos de atenção. Confira os principais benefícios e limitações:

Vantagens

Entre os principais benefícios dessas redes, destacam-se:

Escalabilidade aprimorada

Elas aliviam a carga da rede principal, permitindo mais transações por segundo e reduzindo congestionamentos.

Taxas mais baixas

Com menor demanda por validação, as transações costumam ter custos significativamente menores.

Flexibilidade técnica

Cada sidechain pode operar com regras próprias, permitindo testes de novos recursos, algoritmos de consenso e modelos de governança sem afetar a blockchain principal.

Velocidade de processamento

Como possuem mecanismos próprios de validação, elas podem oferecer confirmações mais rápidas.

Ambiente ideal para inovação

Desenvolvedores podem testar soluções complexas, como dApps e contratos inteligentes avançados, sem risco direto à segurança da mainnet.

Desvantagens

Por outro lado, também é importante considerar algumas limitações desse modelo:

Segurança descentralizada

A segurança de uma sidechain não depende da mainnet, ela precisa manter sua própria rede de validadores, o que pode torná-la mais vulnerável se não houver ampla participação.

Complexidade técnica

A integração entre a blockchain principal e a rede paralela requer pontes (bridges) seguras e bem auditadas, um ponto crítico em diversos ataques recentes.

Risco de centralização

Algumas redes são mantidas por grupos restritos, o que pode comprometer a descentralização e a confiança no sistema.

Dependência de infraestrutura externa

O funcionamento delas está condicionado à operação contínua da ponte e dos validadores independentes, o que exige manutenção constante e atualizações técnicas.

Confira: O que são os nós de criptomoeda?

Quais as principais sidechains do mercado?

Diversas redes parelalas têm ganhado destaque no ecossistema blockchain por oferecer soluções práticas para escalabilidade, custo e performance. Abaixo estão alguns dos principais exemplos:

Polygon (anteriormente Matic Network):

Uma das sidechains mais populares do ecossistema Ethereum, a Polygon oferece transações rápidas e com baixas taxas. É amplamente usada por dApps, jogos blockchain e projetos DeFi, mantendo compatibilidade com contratos inteligentes da Ethereum.

Liquid Network (Bitcoin)

Desenvolvida pela Blockstream, é uma rede paralela do Bitcoin voltada para transações rápidas e privadas entre exchanges e instituições. Suporta tokens e stablecoins, além de permitir emissão de ativos digitais personalizados.

Arbitrum Nova (quando usada como sidechain)

Embora muitas vezes categorizada como uma rollup, pode operar de forma similar a uma sidechain em certos contextos, com foco em escalabilidade e custo reduzido para interações mais simples.

Gnosis Chain (anteriormente xDai)

Focada em pagamentos rápidos e taxas extremamente baixas, essa sidechain da Ethereum é bastante utilizada em eventos ao vivo, sistemas de votação e ambientes com alta demanda por microtransações.

Esses exemplos mostram como as redes podem atender a diferentes necessidades dentro do ecossistema cripto, desde redução de taxas até suporte a contratos inteligentes e aplicações empresariais. 

Escolher a sidechain certa depende do tipo de uso pretendido e dos recursos oferecidos por cada rede.

Como escolher uma sidechain para investir?

Com o crescimento do ecossistema cripto, diversas sidechains surgiram como alternativas à blockchain principal, mas nem todas oferecem o mesmo nível de segurança, utilidade ou retorno. 

Por isso, antes de comprar criptomoedas em sidechains ou investir nesses projetos, é essencial avaliar alguns critérios fundamentais que ajudam a identificar oportunidades promissoras e evitar armadilhas:

  • Reputação e histórico do projeto: verifique o tempo de existência da rede, quem são seus desenvolvedores, parceiros estratégicos e se há histórico de falhas ou vulnerabilidades;
  • Segurança da ponte (bridge): a conexão entre a sidechain e a mainnet é um ponto crítico. Avalie se a ponte utilizada é auditada, segura e amplamente adotada pelo mercado;
  • Ecossistema e utilidade real: uma sidechain com aplicativos descentralizados ativos, volume de transações crescente e adoção por usuários reais tende a ser mais confiável e sustentável;
  • Modelo de governança: entenda como são tomadas as decisões dentro da rede. Projetos com governança aberta e bem distribuída são menos propensos a centralização ou manipulação;
  • Desempenho e escalabilidade: avalie as taxas de transação, velocidade e estabilidade da rede. Uma rede eficiente tende a atrair mais desenvolvedores e usuários ao longo do tempo;
  • Tokenomics e incentivos: estude a estrutura de distribuição do token nativo da rede, como ele é utilizado na rede e quais os mecanismos de incentivo para validadores e usuários;
  • Comunidade ativa e suporte contínuo: um projeto com base de usuários engajada, atualizações frequentes e comunicação transparente demonstra maior comprometimento e potencial de crescimento.

Ao considerar esses fatores, o investidor tem mais segurança para identificar oportunidades reais em meio a tantas opções. Lembre-se: mais do que seguir tendências, investir em sidechains exige análise crítica e visão de longo prazo.

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Autor
Matheus Araújo
Analista de Conteúdo na Coinext, apaixonado por tecnologia, criptomoedas e Blockchain. Transformo informações do mercado cripto em conteúdos claros e objetivos para quem deseja investir com mais segurança. Entusiasta do universo cripto, acompanho tendências e inovações para ajudar você a entender e aproveitar as oportunidades desse ecossistema em constante evolução.
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