A Coinext preparou esse conteúdo para mostrar como as criptomoedas poderão impactar o resultado da eleição nos Estados Unidos.
Um dos eventos mais aguardados pelo mercado financeiro é as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecerão no dia 05 de novembro de 2024. O evento decidirá o próximo líder da maior economia mundial e está sendo avidamente monitorado por investidores.
Inicialmente, acreditava-se que o pleito seria uma “revanche” entre o atual presidente Democrata Joe Biden e o ex-presidente Republicano, Donald Trump. Entretanto, no dia 21 de julho, o ex-presidenciável e atual mandatário, Joe Biden, renunciou à disputa em apoio a sua vice Kamala Harris, após desempenho abaixo das expectativas em debates e dúvidas quanto à sua condição de saúde.
Entretanto, independentemente do candidato, as criptomoedas terão um papel significativo neste ano eleitoral, com ambos os candidatos disputando o apoio dos mais de 60 milhões de americanos que investem no setor. O cenário é complexo, por isso, a Coinext preparou esse conteúdo para mostrar como as criptomoedas poderão impactar o resultado da eleição nos Estados Unidos.
Os chamados 'cripto eleitores' serão cruciais para o pleito. Isso porque pela primeira vez, desde o lançamento do Bitcoin e da instauração do mercado de criptomoedas, um pleito acontecerá com uma adoção tão grande desses ativos, tanto no que diz respeito a investidores comuns quanto institucionais.
Na última eleição, em 2020, Michael Saylor, fundador da empresa de Business Intelligence e análise de dados, ainda não tinha demonstrado apoio ao Bitcoin, e Elon Musk não havia promovido o Dogecoin (DOGE).
Grandes eventos do mercado aconteceram após esse momento. O Bitcoin atingiu seu All Time High até aquela época, valor que foi batido em março de 2024, e também houve o aumento do interesse institucional em relação às criptomoedas com a aprovação dos ETFs de Bitcoin e de Ethereum.
Atualmente, 20% dos americanos possuem criptomoedas, o que resulta em mais de 52 milhões de pessoas de diversos espectros políticos. Segundo pesquisas realizadas pela Coinbase e Morning Consult:
O lobismo também faz parte da equação quando se trata das eleições americanas e sua relação com o mercado de criptomoedas. A ideia é que candidatos que não apoiam as criptos ficarão para trás na corrida eleitoral.
Nas primárias para o Senado na Califórnia em março, a deputada democrata Katie Porter foi derrotada por Adam Schiff, que é mais amigável em relação às criptomoedas. Isso aconteceu porque diversos agentes da indústria investiram US$ 10 milhões para conseguir votos, que contribuíram para a derrota de Porter.
O grupo "Stand With Crypto", que reúne 440.000 entusiastas de criptomoedas, arrecadou fundos para apoiar políticos pró-criptomoedas e fez doações para candidatos ao Congresso e Senado. Republicanos e democratas estão lutando por esses votos, enquanto outros candidatos, como Kennedy Jr., demonstraram forte apoio na integração que as criptomoedas podem trazer e planejando até mesmo atrelar todas as transações financeiras do país à Blockchain.
Além disso, bilionários do mercado estão tentando utilizar as Super PACs para ganhar poder político. Esse é um mecanismo legal, que permite que milionários e bilionários tenham mais influência na campanha. Uma Super PAC pró-cripto já arrecadou mais de US$ 70 milhões para financiar a eleição. Diversos nomes ajudaram nessa arrecadação, como:
Donald Trump sempre criticou as criptomoedas, mas nessa eleição, ele também mudou sua conduta em relação a elas, passando a aceitar doações com criptoativos, e se declarou um "cripto presidente". Biden, até então, é tido como mais restritivo em relação ao setor, mas também tem tentado ser mais aberto em relação a elas.
Um exemplo disso foi a votação bipartidária visando revogar o Boletim de Contabilidade do Pessoal SAB 12, emitido pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Este boletim estabelece normas contábeis rigorosas para custodiantes de criptomoedas, uma medida que o governo atual tenta eliminar para conquistar o apoio do setor de criptoativos.
A aprovação dos ETFs à vista de Bitcoin em janeiro e, principalmente, os de Ethereum em maio também pode ter sido influenciada pelo pleito presidencial. Na Consensus, o maior evento de criptomoedas do mundo, Cathie Wood, gestora da Ark Invest, mencionou que o cenário político teve um papel na aprovação dessas ferramentas financeiras, especialmente o ETF de Ethereum.
Isso ocorreu porque, antes da aprovação dos Fundos de ETH em 23 de maio, não se acreditava que ele seria aprovado, já que nenhuma das gestoras estava sendo questionada pela SEC, ao contrário do que aconteceu com os ETFs de Bitcoin. Dessa forma, criou-se a impressão de que a decisão foi influenciada por questões eleitorais, como destacou Wood.
Na mesma semana em que os ETFs de Ethereum foram aprovados, Donald Trump começou a aceitar criptomoedas como doação para sua campanha. O ex-presidente ainda possui cerca de US$ 6,4 milhões em criptoativos. Há também a possibilidade de que uma terceira criptomoeda, a Solana, receba seu próprio ETF nos próximos meses.
Em junho, duas grandes empresas do mercado financeiro americano, a VanEck e a 21 Shares, protocolaram pedidos junto à SEC para comercializar ETFs de Solana nos EUA. A Solana é uma blockchain que foca em proporcionar escalabilidade e rapidez, utilizando um modelo de consenso híbrido de Proof of Stake (PoS) e Proof of History (PoH).
Outra relação entre as criptomoedas foi o que aconteceu com o Bitcoin e outras altcoins após o atentado contra a vida do candidato Donald Trump, no dia 13 de julho. Neste dia, o ex-presidente participava de um comício em Michigan quando foi atingido por uma bala na parte superior de sua orelha. Duas pessoas morreram, incluindo o atirador, e mais duas ficaram feridas.
Como se sabe, o mercado de criptomoedas é extremamente volátil e, por isso, bastante sensível a declarações, mudanças regulatórias e acontecimentos importantes. Após o atentado, o a moeda subiu cerca de 5% depois de mais de um mês em baixa.
Isso se deve ao fato de que, nos últimos meses, Trump tem se tornado cada vez mais favorável aos criptoativos, em detrimento do atual governo, que tende a ser mais conservador em relação a essa classe de investimento. Após o acontecimento, as chances de vitória de Trump cresceram, o que é positivo para o mercado.
Desde que o presidente se posicionou favoravelmente ao mercado de criptomoedas, analistas já investigavam o impacto que isso poderia ter. Além disso, Trump reiterou a importância da defesa da liberdade digital e seu suporte à mineração de criptomoedas. O atentado destacou a importância desses centros financeiros descentralizados e da autonomia financeira em detrimento dos sistemas bancários tradicionais.
Além disso, não foi apenas o Bitcoin que reagiu de forma positiva. No dia 14 de julho, as bolsas de valores também registraram alta, com a Dow Jones subindo 0,47%, o S&P 500, 0,61%, e a Nasdaq, 0,84%.
Após a renúncia de Biden à candidatura, Kamala Harris (atual vice-presidente do país) se coloca como a principal chance dos Democratas de vencer Trump. Com isso, fica a pergunta: como Harris vê as criptomoedas?
Ao contrário de Biden, que era mais fechado em relação às criptos, Harris parece ser mais aberta a isso. Conforme informações do Financial Times, membros da equipe da atual vice-presidente entraram em contato com as principais empresas de criptomoedas para marcar reuniões, ou seja, a ideia é “recomeçar” a relação entre democratas e mercado de criptoativos. Algumas empresas contatadas foram:
Os assessores da campanha de Harris afirmaram que esse movimento não tem como foco atrair novas contribuições eleitorais, conforme informações do Financial Times. Em vez disso, o objetivo é estabelecer um relacionamento construtivo que possa criar um quadro regulatório inteligente para apoiar o crescimento de toda a classe de ativos.
Conforme relatado pelo jornal, uma fonte afirmou que a campanha está aproveitando a mudança de liderança na chapa democrata como uma oportunidade para redefinir as relações com a indústria tecnológica, que se sentiu visada pela administração Biden. "A mensagem que Harris quer transmitir é de que os democratas são 'pró-negócios'", disse a fonte.
Além disso, a vice-presidente busca reconquistar membros da comunidade tecnológica que se afastaram do partido em protesto contra ameaças de novos impostos e regulamentações para a indústria.
A relação entre o Bitcoin e as taxas de juros é intrincada, pois variações nas taxas impactam diretamente a atratividade do ativo como investimento alternativo. Quando as taxas de juros estão baixas, os retornos de investimentos tradicionais como títulos e contas de poupança diminuem, levando os investidores a procurarem opções com maior potencial de retorno, como o Bitcoin, elevando sua demanda.
Por outro lado, taxas de juros mais altas tendem a fortalecer o dólar, atraindo capital para títulos do Tesouro dos EUA que oferecem rendimentos mais atraentes, o que pode pressionar negativamente o seu preço. No momento, o mercado aguarda um corte na taxa de juros do país, atualmente entre 5,25% e 5,50%. Entretanto, o Federal Reserve (Banco Central do país, ou Fed) espera que a inflação chegue a 2% para iniciar os cortes.
O ciclo de corte e de aumento na taxa de juros costuma durar 4 anos, e coincide com as eleições americanas. Essa é uma das razões que contribuíram para a relação do Bitcoin com este ciclo e coincidir com o pleito americano e com esse ciclo de liquidez.
A diminuição da recompensa com o Halving faz com que os mineradores tenham menos influência no mercado. Por outro lado, o que se tem é o início de um novo ciclo de liquidez. Dessa forma, com mais capital no mercado, a inflação irá subir e o Bitcoin tende a absorver esse excesso de capital.
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