Maior preço da história do Bitcoin no Brasil: entenda

Bitcoin atingiu o maior preço da sua história no Brasil. Entenda esse recorde e o que isso siginifca para os seus investimentos em cripto.

Equipe Coinext
20/10/2020
Maior preço da história do Bitcoin no Brasil: entenda

Desde quando criado, o Bitcoin sempre foi assunto para muita especulação por parte de investidores e entusiastas da criptomoeda. Mas à medida que sua popularidade e adoção cresceram, analistas de todo o mundo e empresas do mercado financeiro tradicional começaram a se dedicar a fazer análises de todo o tipo. 

Mas em meio a tantas análises, muitas das vezes apontando caminhos completamente opostos (sejam de curto ou longo prazos), nem investidores de longa data sabem exatamente no que confiar para planejar seus próximos trades. A melhor opção, nesses casos, é ficar de olho no mercado para acompanhar os movimentos em espaços de tempo mais curtos. E na data em que este está sendo escrito, há um importante movimento ocorrendo: o ATH do Bitcoin no Brasil.

O que é ATH do Bitcoin

Seja você um investidor iniciante ou trader com experiência, você já deve ter notado uma coisa no mercado cripto: a infinidade de termos e palavras que parecem tornar o mundo das criptomoedas um verdadeiro bicho de sete cabeças. A verdade é que todas essas expressões são mais simples do que parecem. ATH é uma delas.

ATH é uma sigla para a expressão em inglês  “all time high”, que em tradução livre para o português seria “maior de todos os tempos”. Na prática, é usada como referência para o maior preço que um ativo já atingiu - no caso do Bitcoin, o maior preço que ele já atingiu. Assim, você sempre verá essa sigla ou expressão sendo usada para se referir ao valor recorde atingido por uma criptomoeda

É óbvio observar, portanto, que como qualquer recorde, o ATH anterior de moeda sempre pode ser atingido novamente. E perto do atingimento de novos recordes, investidores e analistas de todo o mundo se mobilizam para entender o que fazer e quais serão os próximos movimentos de preço após o atingimento do maior valor histórico.

Mas existem vários fatores a serem observados quando se trata de um ATH, principalmente na data de publicação deste artigo, no qual esse recorde está para ser batido… mas apenas no Brasil. Vamos explicar melhor à frente.

Histórico de maiores preços do Bitcoin

O ano de 2017 foi um marco global para o Bitcoin. No período entre janeiro e dezembro daquele ano, o Bitcoin chegou a valorizar 1.835% (sim, o número é esse mesmo: quase 2 mil por cento!), saltando de aproximadamente U$800 (dólares) no primeiro mês do ano até U$19.783 em 17 de dezembro.

Como não podia ser diferente, essa valorização foi um grande atrativo e trouxe para o mercado milhões de novos investidores e milhares de novas empresas foram criadas no ecossistema de criptomoedas. Inevitavelmente, a grande entrada de novos investidores num período de alta gerou uma geração de investidores frustrados, visto que a excitação geral do mercado parece ter cegado as pessoas para a máxima “compre na baixa e venda na alta”. No mesmo dezembro do seu ATH, o Bitcoin perdeu um terço do seu valor em 24 horas. No dia 22 de dezembro, a moeda atingia aproximadamente U$14.000: apenas o começo de uma desvalorização que = duraria vários meses e levaria a cripto ao patamar de U$3.000 um ano depois.

A linha do tempo a seguir demonstra a trajetória ascendente e descendente do Bitcoin em 2017, quando atingiu seu ATH até a data de publicação deste artigo:

  • Janeiro 2017: U$750–$920
  • Março 2017: U$1,290
  • Maio 2017: U$2,000
  • Agosto 2017: U$4,400 
  • Setembro 2017: U$5,013.91
  • Outubro 2017: U$6,180 
  • Novembro 2017: U$7,600-8,100
  • 15 - Dezembro 2017: U$17,900
  • 17 - Dezembro 2017: U$19,666 (valor de referência na Bitstamp)
  • 22 - Dezembro 2017: U$13,800
  • Fevereiro 2018: U$6,200
  • Outubro 2018: U$6,300 
  • Dezembro 2018: U$3,300 

O ATH do Bitcoin anterior ao recorde de 2017 foi atingido em novembro de 2013, quando a moeda alcançou os U$1.242, atingindo valor superior aos mil dólares pela primeira vez e atingido o preço do ouro.

Diferença do preço do Bitcoin no Brasil

Aqui no blog já escrevemos um artigo explicando a relação do preço do Bitcoin no Brasil com a cotação do dólar. Esse ponto é fundamental quando falamos sobre o ATH de Bitcoin no Brasil, uma vez que a desvalorização do real perante a moeda americana impacta diretamente na cotação de criptomoedas por aqui. A lógica é bem simples: como o preço do Bitcoin global é definido em dólar, quanto mais ele estiver valorizado aqui, mais pagaremos no preço do Bitcoin.

Ou seja, as variações do preço do Bitcoin no Brasil também são puxadas pela variação do dólar aqui. Na prática, pode ser que o Bitcoin não tenha variação fora, mas varie aqui simplesmente pela variação da moeda americana em relação ao real. É o que acontece nesse exato momento.

Maior preço da história do Bitcoin no Brasil

Diferente de 2017, quando o Bitcoin atingiu seu preço recorde em dólar e consequentemente em outras moedas ao redor do mundo, desta vez o real é o grande responsável por isso. A moeda brasileira passa por um momento de grande desvalorização, sendo a moeda estatal que perdeu mais valor em todo o mundo em 2020. No período de publicação deste artigo, o dólar equivale a aproximadamente R$5,65. 

Em 17 de dezembro de 2017, o dólar valia aproximadamente R$3,30 e o Bitcoin chegou aqui ao seu preço máximo de aproximadamente R$69.700. Dessa vez, para atingir seu preço histórico máximo no Brasil, o Bitcoin não precisaria passar dos U$12.500.

Atualização 1: novos ATH no Brasil e próximo do recorde global.

Após a publicação deste artigo, o Bitcoin no Brasil atingiu várias altas seguidas entre os meses e outubro e novembro. No dia 24/11/2020, a moeda atingia valor superior a R$105.000, quando no mercado internacional estava sendo negociada próxima ao recorde global comentado aqui: U$19.666. Mais precisamente às 12h no horário de Brasília, a cotação na corretora internacional Bitstamp que usamos como referência, por exemplo, era de aproximadamente U$19.300.

Muito provavelmente este texto ainda precisará ser atualizado algumas vezes para apresentar os novos ATH, tanto no Brasil quanto no mercado internacional.

O que pode acontecer

Resumindo, a verdade é que o Bitcoin está ainda longe de romper seu ATH alcançado em 2017, se consideramos seu preço em dólar. Para isso, ele precisaria passar dos U$20.000, aproximadamente. Ainda assim, seu preço em real traz boas oportunidades para investidores aqui no Brasil. O problema é que isso, ao mesmo tempo, representa alguns riscos, uma vez que a hipotética valorização futura da moeda brasileira anularia a valorização do Bitcoin em real caso ele se mantenha no mesmo patamar. Ou seja, pode ser relevante, dependendo do seu perfil de investidor, analisar o comportamento do Bitcoin também em dólar.

Por outro lado, as perspectivas econômicas brasileiras, tendo em vista os impactos da pandemia da COVID-19 e as pautas econômicas do governo travadas por dificuldades de negociação do executivo com a sociedade e o legislativo, tendem a manter o cenário da nossa moeda em relação ao dólar ainda ruim por mais tempo. 

Portanto, ainda que haja maior complexidade por haver uma variável adicional de câmbio no preço do Bitcoin no Brasil, o ideal é que se acompanhem análises técnicas dessa criptomoeda tanto em real quanto em dólar para que se tenha uma visão mais clara do comportamento dos preços aqui no país.

Investidores cautelosos

Ainda que a melhor estratégia para planejar seus trades seja acompanhar o mercado de perto e confiar mais em análises técnicas do que “futurologia”, muitas pessoas gostam de consultar análises de especialistas para entender os movimentos de longo prazo mais prováveis do Bitcoin.

Atualmente, é quase consenso entre economistas e outros analistas que conhecem a fundo sobre teorias econômicas e de moedas que a tendência do Bitcoin seja de se valorizar ao longo dos anos. Isso porque, como você já deve ter lido ou ouvido falar, as características próprias do Bitcoin, o tornam mais “perfeito” como moeda do que as próprias moedas fiduciárias (ou estatais). Essas últimas, na verdade, contribuíram para que o Bitcoin ganhasse mais valor, à medida que elas se desvalorizam corroídas pela inflação, pela impressão de novas unidades de moeda segundo critérios próprios de cada governo.

Nesse sentido, ganha ainda mais força entre os novos e antigos investidores de Bitcoin e outras criptomoedas a estratégia de Hold. Esse termo é utilizado no mercado cripto para designar a estratégia de guardar o Bitcoin durante longos períodos de tempo. Com isso, a alta volatilidade não é uma preocupação, já que o objetivo é esperar uma grande valorização para fazer trades.

Em 2020, o número de investidores guardando criptomoedas há mais de 1 ano bateu recorde. Dados da Look Into Bitcoin indicam que mais de 60% dos investidores estão guardando seus bitcoins sem movimentá-los nesse período.

E você, como está se preparando para o ATH do Bitcoin no Brasil?

Gostou do artigo ou tem sugestões? Deixe nos comentários ou envie um email para suporte@coinext.com.br.

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