Retrospectiva cripto - O que esperar para 2021: Report de dezembro da Mercurius Crypto
Veja as atualizações mais importantes do mundo das criptomoedas, incluindo análises detalhadas no relatório de dezembro da Mercurius Crypto!
Redação Coinext
Última atualização:
23/10/2024
Trading
No report deste mês (01/12/2020 a 31/12/2020)
Atualizações
Notícias do mercado
Dica e destaque do mês
Um ano único
COVID-19
Halving
Sensações de 2020
Ethereum 2.0
Mercado DeFi
All Time High
Report completo disponível grátis no site da Mercurius Crypto
Por dentro do mercado
Institucionais em 2021: É a vez do Ether?
Foi o que afirmou Ryan Watkins, analista de uma das principais casas de Research do mundo: a Messari. De acordo com o analista, após a possível listagem de futuros de ether na CME, seguido da entrada de investidores institucionais no Bitcoin, há uma tendência da diversificação em outros ativos digitais, e o mais provável é o ether.
O dilema da XRP: O fim da terceira maior criptomoeda do mercado?
Após a SEC (comissão de valores mobiliários norte-americana) processar a empresa Ripple por uma venda irregular de Security Tokens, e afirmar que a XRP é um Security Token, diversas exchanges reguladas estão enfrentando um grande dilema se devem ou não retirar o ativo de suas plataformas. Entre essas Exchanges podemos citar Coinbase e Kraken. Será o fim da XRP?
Dica do mês: não especule o que não vale!
Com o processo que a Ripple está sofrendo por parte da SEC, uma das atitudes que mais tenho observado do mercado é a recomendação da compra de XRP a fim de especular um possível acordo da empresa com a SEC.
Sobre isso, gostaria de dar uma dica para quem está iniciando no mercado: não especule moedas que não possuem valor, mesmo se a XRP realizar um acordo com a SEC, você realmente acha que uma criptomoeda centralizada mais volátil que o Bitcoin pode competir com ele?
Quantos bancos arriscariam utilizar um ativo que se desvalorizou 70% em uma semana como um meio para remessas internacionais?
Invista no fundamento. No longo prazo, ele sempre compensa.
Destaque do mês
Estamos vivendo a maior Bull Run da história do Bitcoin. Ultrapassamos a marca dos 30 mil dólares, o que representa uma valorização de 50% em relação ao topo histórico anterior (20 mil dólares).
Pode-se observar um Hype por parte da comunidade cripto, e uma atenção, quase que exclusiva, ao Bitcoin. A esses investidores, o que posso dizer: assim como o Bitcoin estava subvalorizado pelos investidores institucionais, outros projetos desse mercado também estão. Não fique preso a uma única narrativa.
Um ano único
O que podemos dizer de 2020 em relação ao mercado de criptomoedas?
Um ano em que o BTC valorizou mais de 320%, chegou a valer menos de 4.000 USD (com uma queda de mais de 50% em seu valor no início do ano), e termina com o ativo chegando a mais de 30.000 USD de valor.
Para compreender esse movimento, é fundamental realizar uma retrospectiva do mercado de criptomoedas em 2020.
É importante entender desde o impacto da pandemia do COVID-19 na visão das pessoas em relação ao ativo e ao mundo, até a reação do mercado ao processo que a XRP vem sofrendo...
COVID-19
O assunto que, obviamente, não podemos deixar de abordar ao analisar 2020 é a pandemia do COVID-19.
Esse outlier, que alterou toda a nossa visão de mundo e irá deixar marcas profundas em nossa sociedade, foi o principal motivo para a terceira maior queda da história do Bitcoin, e a maior queda da história de diversas altcoins.
O maior impacto desse evento foi o grande questionamento criado em relação à narrativa do Bitcoin como uma reserva de valor e como um ativo que poderia ser considerado um Hedge Global.
A dúvida que surgiu na cabeça dos grandes investidores foi a seguinte: como um ativo criado para ser contrário ao mercado tradicional apresenta mais de 50% de desvalorização em um momento de crise global?
Observando esse mesmo cenário, nove meses depois, a reposta para essa desvalorização parece ser evidente: foi o resultado da necessidade de liquidez somada ao excesso de alavancagem do mercado.
Aliás, para mim, a maior lição do ano de 2020 é a seguinte: até os ativos que são considerados reservas de valor (como o ouro e o Bitcoin), cairão em momentos iniciais de crises globais, por conta da necessidade de liquidez dos mercados. Esses momentos, portanto, são excelentes para realizar novos aportes nos ativos.
Quem já sabia disso, talvez, tenha conseguido realizar a última compra da história do Bitcoin, com o ativo abaixo dos 4.000 USD. Na sequência, presenciamos o evento mais aguardado do ano: o Halving do Bitcoin.
Halving do Bitcoin
O grupo de mineradores F2Pool minerou, às 16h23 (UTC -3), o bloco de número629.999 do Bitcoin: o último bloco com recompensa de 12,5 Bitcoins, dando, assim, início ao terceiro Halving.
Após minerar esse bloco, foi colocado na transação, realizada na coinbase, a seguinte mensagem: “NYTimes 09/Apr/2020 With $2.3 Injection, Fed´s Plan FarExceeds 2008 Rescue”.
Essa frase faz uma alusão, tanto à mensagem de Satoshi Nakamoto no primeiro bloco do Bitcoin, quanto à situação econômica mundial naquele momento, em que observamo-nos governos imprimindo bilhões de dólares (de forma irresponsável), potencializando ainda mais a desvalorização das moedas fiduciárias.
A mensagem ressalta o grande diferencial do Bitcoin pois, enquanto todos os bancos centrais inflam as suas moedas, o ativo faz o processo oposto, ao reduzir a sua emissão.
Muito além de compreender a marca histórica do Bitcoin, de manter, durante 12 anos, uma política monetária 100% previsível, que mantém a escassez do ativo, é fundamental analisar esse movimento em conjunto com o momento que vivíamos em meio ao COVID-19.
No ápice da crise, os bancos centrais imprimiram cerca de 25% da “riqueza” do mundo, como medida de combate ao impacto econômico da pandemia.
Ponto para o Bitcoin! Pensando na ideia de reserva de valor, o Bitcoin se torna rei, visto que, naquele momento, o ativo era o único a apresentar uma política deflacionária, contrária ao sistema financeiro mundial.
Tal política se provou ser um dos pontos chaves para fazer como que o Bitcoin chamasse a atenção dos chamados investidores institucionais, especialmente de Paul Tudor Jones, que, em maio de 2020, escreveu uma carta recomendando a compra do ativo, dizendo que o mesmo estava mal precificado.
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