Como minerar Ethereum? Entenda o que mudou

Quer saber como minerar Ethereum? Confira como funciona a recompensa por validação da segunda maior criptomoeda do mercado e se ainda vale a pena em 2023.

Redação Coinext
Última atualização:
7/11/2025
Criptomoedas
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O Ethereum passou por uma das maiores transformações da história das criptomoedas com a atualização The Merge, que marcou o fim definitivo da mineração de criptomoedas na rede e o início de um novo modelo de validação baseado em Proof of Stake (PoS). Criado por Vitalik Buterin, o projeto sempre teve como objetivo tornar o ecossistema mais eficiente, acessível e sustentável, e essa mudança foi um passo decisivo nessa direção.

Antes do The Merge, o Ethereum funcionava de forma semelhante ao Bitcoin, recompensando mineradores que usavam poder computacional para validar blocos e garantir a segurança da rede. 

Após a atualização, o processo de mineração foi substituído pelo staking, em que os usuários bloqueiam seus ETH para participar da validação das transações e recebem recompensas em troca. Essa transição tornou o Ethereum mais escalável, reduziu drasticamente o consumo de energia e abriu um novo caminho para o futuro da rede e de toda a criptoeconomia.

O que é mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas é o processo responsável por validar e registrar as transações realizadas entre carteiras digitais dentro do sistema Blockchain. Cada vez que uma transação é feita, ela precisa ser verificada e adicionada a um novo bloco, e é justamente esse trabalho de validação que os mineradores executam, garantindo a segurança, transparência e integridade da rede de uma criptomoeda.

Com o passar do tempo, a mineração se popularizou no mundo todo, principalmente por se mostrar um processo potencialmente lucrativo. Isso acontece porque os usuários que dedicam seu poder computacional para validar blocos são recompensados com criptomoedas da própria rede que estão ajudando a manter, como acontecia com o Ethereum antes da atualização The Merge.

Hoje, entender como funciona a mineração é essencial para compreender as bases da criptoeconomia e as mudanças que vêm ocorrendo com o avanço das tecnologias de consenso Blockchain. Existem dois principais mecanismos de consenso utilizados para validar transações e manter a rede segura: 

  • Proof of Work (PoW), modelo que utiliza poder computacional (como no Bitcoin);
  • Proof of Stake (PoS), que substitui a mineração tradicional pelo staking de moedas, adotado atualmente pelo Ethereum.

Proof of Work vs. Proof of Stake na Ethereum

Antes da atualização The Merge, o Ethereum utilizava o mecanismo de consenso Proof of Work (PoW), o mesmo modelo adotado pelo Bitcoin. Nesse sistema, a mineração de criptomoedas exigia equipamentos potentes, alto consumo de energia e muito tempo de processamento, mas recompensava os usuários (os mineradores) com Ether (ETH) por contribuírem com poder computacional para validar e registrar transações na Blockchain.

O Proof of Work, ou Prova de Trabalho, baseava-se no uso de computadores especializados e softwares de mineração que resolviam cálculos complexos para confirmar blocos de transações. No caso do Ethereum, o algoritmo responsável por esse processo era o Ethash, que definia a capacidade de mineração de cada máquina: quanto maior o poder de hash, maior o potencial de ganho. Em troca desse trabalho de validação, os mineradores recebiam recompensas em Ether, a criptomoeda nativa da rede.

Com a atualização The Merge, concluída em setembro de 2022, o Ethereum passou por uma mudança estrutural histórica, migrando oficialmente do modelo Proof of Work (PoW) para o Proof of Stake (PoS), também conhecido como Prova de Participação. Esse novo sistema eliminou a necessidade de mineração tradicional e substituiu os mineradores por validadores, usuários que ajudam a proteger a rede bloqueando ETH em contratos inteligentes.

No Proof of Stake, qualquer usuário pode participar do processo de validação desde que mantenha uma quantia mínima de ETH travada, atualmente 32 ETH, em um contrato inteligente. O protocolo seleciona validadores aleatoriamente para confirmar blocos, recompensando-os com renda passiva em Ether. Esses ETH bloqueados também servem como garantia de bom comportamento: se o validador agir de forma desonesta ou negligente, parte dos fundos pode ser reduzida ou destruída como forma de penalidade.

Essa transição trouxe ganhos significativos para a rede Ethereum, incluindo uma redução de mais de 99% no consumo de energia, maior segurança e melhor escalabilidade, consolidando o projeto idealizado por Vitalik Buterin como uma das plataformas mais sustentáveis e avançadas do ecossistema cripto. Quer saber mais sobre a The Merge? Acesse nosso vídeo: 

Como funciona o Ethereum depois da atualização The Merge?

Com a implementação da atualização The Merge, o Ethereum passou por uma das transformações mais importantes do mercado cripto. A rede deixou de utilizar o mecanismo de consenso Proof of Work (PoW), que dependia de mineração baseada em poder computacional, e adotou o modelo Proof of Stake (PoS), no qual as transações são validadas pelos próprios detentores de Ether (ETH).

Em outras palavras, não há mais mineração de criptomoedas na rede Ethereum como acontecia antes. Agora, as validações são realizadas pelos chamados stakers, usuários que bloqueiam uma quantidade de ETH para ajudar a manter a segurança e o funcionamento da blockchain. Em troca, esses participantes recebem recompensas em Ether, desempenhando o papel que antes era dos mineradores.

Na prática, para se tornar um validador da rede Ethereum, o usuário precisa enviar 32 ETH para um contrato inteligente oficial. Esse valor fica travado por um período determinado, e o sistema seleciona os validadores de forma aleatória para confirmar blocos de transações. Cada vez que o validador é escolhido e executa corretamente sua função, ele recebe uma recompensa em ETH.

Segundo estimativas da comunidade, os rendimentos anuais do staking de Ethereum variam entre 5% e 10% ao ano, dependendo do volume total de ETH em staking e da performance da rede. Isso significa que o validador pode aumentar gradualmente seu saldo de Ether apenas por participar do processo de validação e manter seus tokens bloqueados.

Apesar de o processo de staking no Ethereum 2.0 não exigir conhecimentos técnicos avançados em programação, é essencial entender o funcionamento da blockchain, as regras de validação e as condições de bloqueio dos fundos. Ler a documentação oficial e utilizar plataformas seguras para o envio de ETH ao contrato inteligente são passos fundamentais para participar com segurança e evitar perdas financeiras.

Como conseguir Ethereum hoje? 

Atualmente, existem diversas formas de obter Ethereum (ETH), e cada uma delas se adapta a diferentes perfis de usuários. É possível comprar o ativo por meio de uma corretora de criptomoedas, receber pagamentos em ETH, participar de programas de recompensas ou ainda integrar o processo de staking, contribuindo para a validação da rede e recebendo Ether como retorno.

Confira as principais maneiras de adquirir Ethereum:

  • Pagamento por serviços: se você já possui uma carteira digital e presta serviços para empresas ou pessoas familiarizadas com o mercado cripto, pode solicitar o pagamento em ETH. Essa prática tem se tornado cada vez mais comum em trabalhos remotos e freelancers globais;
  • Programas de recompensas: algumas plataformas oferecem pequenas quantias de Ethereum como incentivo para testar produtos, participar de pesquisas, executar tarefas simples ou integrar comunidades cripto. É uma forma de aprender sobre o ecossistema enquanto acumula pequenas frações da moeda;
  • Staking: como mencionado anteriormente, o staking de Ethereum é o mecanismo que substituiu a mineração tradicional. Nele, os usuários bloqueiam uma quantia de ETH em contratos inteligentes e, ao contribuir para a validação de transações, recebem recompensas em Ether. É uma alternativa atrativa para quem busca renda passiva com segurança;
  • Corretoras de criptomoedas: a forma mais prática e segura de investir em Ethereum é por meio de uma exchange confiável. Nessas plataformas, você pode converter reais em ETH com poucos cliques, acompanhar as cotações do Ether em tempo real e manter seus ativos em uma carteira digital protegida por tecnologia blockchain.

Independentemente do método escolhido, é essencial avaliar a reputação da plataforma, entender os custos envolvidos nas transações e adotar boas práticas de segurança digital. Assim, você garante que sua jornada ao investir em criptomoedas como o Ethereum seja segura, consciente e estratégica.

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Autor
Redação Coinext
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