A Flare Network é uma Blockchain que permite executar contratos inteligentes em diferentes redes de criptomoedas, inclusive aquelas que não possuem essa função. Além disso, a Flare facilita a interoperabilidade entre redes. Conheça sua criptomoeda FLR!
A Flare Network foi notícia no início do ano quando realizou o airdrop (distribuição gratuita) de FLR, criptomoeda nativa do projeto. A plataforma é uma Blockchain de última geração que está transformando o cenário de interoperabilidade entre redes.
Contando com uma arquitetura única, Flare é uma solução inovadora que permite que diferentes blockchains possam interagir e compartilhar informações entre si, criando um ambiente mais inclusivo e integrado, permitindo até a criação de aplicações DeFi baseadas em redes que não suportam esse tipo de programação.
Você já deve estar com curiosidade sobre esse projeto, seu funcionamento e seus diferenciais. Por isso, preparamos este artigo especial com tudo sobre Flare Network e sua criptomoeda FLR. Esperamos que ele possa tirar suas dúvidas sobre o ativo.
A Flare Network é uma blockchain Layer-1 (primeira camada, o que significa que o projeto tem sua própria rede) criada para permitir que os usuários possam executar contratos inteligentes em diferentes blockchains que não possuem essa função nativamente, como a rede XRP Ledger da Ripple.
Essa cripto possui uma série de características importantes, como:
O token nativo da Flare Network é o FLR, criptomoeda que originalmente foi batizada de Spark (FRL), mas que depois recebeu o nome da rede e agora é conhecida como Flare (FLR).
FLR é a moeda digital que impulsiona a plataforma e é fundamental para o funcionamento da rede Flare, exercendo um papel tanto na segurança como na recompensa para alguns participantes da rede.
No centro do ecossistema da Flare Network, estão dois protocolos essenciais para os objetivos da rede, conhecidos como State Conector, que permite realizar o consenso sobre dados extraídos de outras blockchains, e Flare Time Series Oracle (FTSO), que é um oráculo descentralizado para obter dados confiáveis de fora das blockchains.
Uma das principais características da Flare Network é a sua capacidade de interoperabilidade com outras blockchains, o que significa que ela pode se conectar a outras redes e permitir que os usuários executem contratos inteligentes em diferentes plataformas.
E tudo isso acontece de forma descentralizada, com o uso dos protocolos acima mencionados, o que aumenta a segurança do sistema.
A rede da Flare (FLR) utiliza a tecnologia EVM (Ethereum Virtual Machine), que simula o ambiente da rede Ethereum para poder rodar nativamente contratos inteligentes escritos em Solidity, a linguagem de programação utilizada para construir aplicações para Ethereum.
Isso significa que os desenvolvedores podem criar aplicativos descentralizados (DApps) na Flare Network usando as mesmas ferramentas que já conhecem, permitindo uma transição suave vindo da principal plataforma de contratos inteligentes e tantas outras que utilizam a linguagem Solidity.
Outro ponto positivo de ser uma rede EVM é que isso permite que o ecossistema Flare interprete nativamente os contratos inteligentes da rede Ethereum, expandindo as possibilidades de uso em finanças descentralizadas.
Uma das funcionalidades mais promissoras da rede Flare são os FAssets. que fornecem funcionalidades de contratos inteligentes para tokens de redes blockchain que não possuem smart contracts.
Por exemplo, um investidor de XRP poderá convertê-los em FXRP na Flare Network para acessar aplicações de finanças descentralizadas. Algumas outras criptomoedas que podem adquirir funcionalidade de contratos inteligentes com a Flare incluem Dogecoin, Bitcoin e Litecoin.
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A Flare foi fundada em 2019 por Hugo Philion (CEO), Sean Rowan (CTO) e Naïri Usher (Cientista Chefe), todos alunos da University College London com especialidades que vão de investimentos e gestão de riscos financeiros a aprendizado de máquinas e computação quântica.
Em agosto de 2020, a equipe publicou a primeira versão do whitepaper da Flare Network, apresentando a proposta da rede e o, chamado na época de Spark (FRL), criptomoeda nativa do ecossistema.
Por receber um investimento inicial significativo da Xprint, braço de investimento da Ripple Labs, neste documento inicial, a equipe se concentrou na capacidade da Flare de aumentar a funcionalidade do XRP Ledger e como trazer mais funcionalidade e interoperabilidade para o token XRP.
No fim de 2022, a Flare divulgou um whitepaper atualizado. Entre as principais novidades do documento, o token FLR, criptomoeda nativa da rede, foi oficialmente batizada também como Flare (FLR), além de refinar diversos aspectos tecnológicos do projeto.
A Flare Network ganhou as notícias com o lançamento oficial da criptomoeda Flare (FLR) no final de 2023.
Do total de 100 bilhões de unidades programadas, 15% foram distribuídos gratuitamente para os holders de XRP na proporção de 1-para-1, e mais ainda será distribuído ao longo de três anos.
FLR é a criptomoeda nativa da Flare Network. Esse token visa evitar ataques de spam à rede por meio da cobrança de taxas de transação.
Se as transações fossem completamente gratuitas, um usuário malicioso poderia congestionar a rede com transações desnecessárias, podendo interromper o funcionamento da mesma.
Mas não se resume a isso. O token Flare (FLR) também desempenha outras funções dentro da rede:
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A Flare Network é uma rede com características únicas: uma blockchain híbrida que executa uma versão do protocolo de consenso da rede Avalanche, conhecida como Federated Byzantine Agreement (FBA), e integrada com a Ethereum Virtual Machine (EVM).
Permitindo comunicação assíncrona e sem necessidade de confiança mútua entre os nós da rede, o FBA fornece a segurança necessária para o funcionamento da rede.
O objetivo dessa arquitetura é executar uma plataforma compatível com contratos inteligentes, porém ser segurada por ambos mecanismos de Prova de Trabalho (Proof of Work) ou Prova de Participação (Proof of Stake).
No centro do funcionamento da rede estão os dois protocolos que já mencionamos, State Conector e FTSO. A seguir, explicamos melhor a função de cada um:
O State Conector é um contrato inteligente na Flare Network que permite a qualquer ente da rede, como um contrato inteligente ou uma aplicação, solicitar informações de outra blockchain. O protocolo funciona de maneira segura e descentralizada, sem que nenhuma entidade tenha controle do processo.
Essas solicitações enviadas pelos usuários devem atender um conjunto de especificações do State Conector e são perguntas com resposta sim ou não. Por exemplo, um contrato inteligente pode perguntar se uma determinada transação foi confirmada na rede do Bitcoin.
Com essas informações, é possível criar aplicações como pontes de ativos entre duas redes ou aplicativos de finanças descentralizadas baseados em outras blockchains que não permitem essa função, como já mencionamos.
As informações solicitadas são respondidas por um conjunto de prestadores de atestado independentes que buscam as informações necessárias e as entrega à Flare Network.
O contrato inteligente do State Connector verifica se há consenso de pelo menos 50% das respostas recebidas e, caso positivo, publica os resultados na rede. Quando não há consenso, a solicitação fica sem resposta e deve ser repetida.
Parte do desafio ao trabalhar com dados em aplicações de contratos inteligentes é que interagir com qualquer dado off-chain (ou seja, que venha de fora de uma blockchain) pode ser um ponto fraco.
Para coletar estes dados fora da rede, são usados oráculos, como a Chainlink, protocolo que coleta informações de várias fontes e as fornece de volta à blockchain.
Para cumprir esse propósito, Flare usa seu próprio oráculo, o Flare Time Series Oracle (FTSO), que funciona de forma semelhante ao State Conector, com uma rede de provedores de dados independentes que fornecem informações a serem usadas on-chain.
Por exemplo, o preço do Ethereum pode ser importante para um protocolo DeFi na Flare, e essa informação deve ser obtida da maneira mais confiável possível. Para garantir isso, FTSO coleta todos os dados recebidos e calcula uma mediana, ponderando a resposta de cada provedor pela importância dele na rede.
Os provedores de dados devem deixar tokens FLR bloqueados em staking, ou seja, travados na rede, para se tornarem provedores. Seus tokens podem ser reduzidos (ou confiscados) se eles agirem maliciosamente em sua capacidade de validadores de rede. Holders de FLR também podem delegar seus tokens para provedores em que confiam.
Provedores de dados e seus delegados ganham recompensas com base na precisão dos dados, o que acaba incentivando estimativas honestas e, teoricamente, os dados mais precisos possíveis.
Além destes protocolos essenciais para a concretização do objetivo da Flare Network, que é de construir um ecossistema descentralizado e com interoperabilidade entre diversas redes, outros vêm surgindo aos poucos, como o Layer Cake, que facilita a criação de pontes para enviar ativos entre duas redes diferentes.
Qualquer investimento em criptomoedas, incluindo Flare (FLR), é uma decisão de investimento de risco e deve ser estudada com cuidado.
Embora existam vantagens, como a possibilidade de ganhos significativos, também há riscos significativos, como a volatilidade do mercado e ataques hacker ao projeto.
Antes de investir em qualquer outra criptomoeda, é importante que os investidores compreendam bem os riscos envolvidos e avaliem se esse tipo de investimento é adequado ao seu perfil de investimento.
Isso inclui considerar seus objetivos financeiros, quanto tempo deseja manter o investimento, sua tolerância ao risco e sua situação financeira atual.
Tendo isso em mente, o token FLR apresenta uma boa chance de valorização caso o cenário esperado pela Flare Network se concretize, com um ecossistema mais interoperável.
Nesse caso, a rede pode desempenhar um papel fundamental e ter uma grande destrava de preço, sendo um projeto interessante a avaliar para quem busca alternativas de diversificação de investimento com criptos.
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