Por que o Bitcoin está caindo? Essa é a pergunta fundamental para o investidor de criptomoedas na baixa. Entenda 3 motivos importantes para a queda.
Neste artigo, levantamos alguns dos principais fatores que podem estar impactando o preço do Bitcoin nos últimos meses, para que você possa compreender melhor o momento da maior criptomoeda do mercado. E o que pode levar a moeda a cair:
O Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, vive em constante transformação. Seu comportamento no mercado é moldado por uma combinação de fatores macroeconômicos, avanços tecnológicos e eventos institucionais que influenciam diretamente sua oferta, demanda e percepção global.
A introdução de ETFs de Bitcoin à vista (spot) em janeiro de 2024, marcou um ponto de virada para o mercado de criptoativos. Esses produtos financeiros permitem que investidores tradicionais se exponham ao Bitcoin de forma regulada e simplificada, por meio de bolsas convencionais. Isso amplia a liquidez e legitima o ativo como parte de carteiras institucionais e fundos de investimento, aumentando a demanda por Bitcoin sem a necessidade de compra direta do ativo.
Decisões de bancos centrais, especialmente do Federal Reserve nos Estados Unidos, também exercem forte influência no mercado de criptomoedas. Quando as taxas de juros estão altas, ativos de risco tendem a perder atratividade, já que os investidores buscam rendimentos mais seguros. Por outro lado, ambientes de juros baixos estimulam a busca por alternativas de maior retorno, como o Bitcoin, aumentando seu apelo.
O crescimento das stablecoins — ativos digitais atrelados a moedas fiduciárias como o dólar — tem criado novos caminhos de liquidez e utilidade dentro do ecossistema cripto. Ao mesmo tempo, o avanço de regulamentações ao redor do mundo, como o regulamento MiCA na Europa e propostas legislativas nos EUA, buscam estabelecer um ambiente mais seguro e confiável para investidores, sem sufocar a inovação.
Apesar desses avanços estruturais, o mercado de Bitcoin ainda é sensível a movimentações inesperadas. Grandes vendas, como as realizadas por governos que liquidam ativos confiscados, podem pressionar o preço para baixo no curto prazo. Isso acontece porque a venda em massa aumenta a oferta em circulação, reduzindo o valor unitário da moeda até que o mercado absorva esse novo volume.
Por ser um ativo um tanto quanto volátil, o preço do principal ativo do mercado é sensível a uma série de acontecimentos que podem levar à sua queda, como:
Grandes vendas de Bitcoin no mercado, como as feitas por governos ou grandes investidores, podem aumentar a oferta e baixar o preço, especialmente se não houver demanda suficiente para absorver essa oferta. Um exemplo recente foi a venda de 50.000 Bitcoins pelo governo alemão, que pressionou o preço para baixo.
O humor dos investidores pode mudar rapidamente devido a notícias, eventos geopolíticos ou outros fatores que influenciam as expectativas de mercado. Sentimentos negativos podem levar os investidores a vender seus ativos, aumentando a oferta e reduzindo o preço.
Anúncios de novas regulamentações ou restrições sobre criptomoedas podem causar incerteza no mercado, levando os investidores a vender suas participações. O medo de restrições mais severas pode fazer com que o preço caia.
O surgimento de novas criptomoedas ou inovações tecnológicas em blockchain pode desviar o interesse e o investimento do Bitcoin, reduzindo sua demanda e preço.
Condições econômicas, como aumento nas taxas de juros, podem tornar os ativos de risco menos atraentes. Quando os investidores procuram ativos mais seguros, como o dólar americano, eles podem vender seus Bitcoins, pressionando o preço para baixo.
A semana começou com o Bitcoin (BTC) em leve retração de cerca de 1% nesta segunda-feira, ainda sustentando-se acima da marca psicológica dos US$ 103 mil. O movimento negativo se estendeu a outras criptomoedas, refletindo um sentimento de cautela por parte dos investidores no início da semana.
No domingo à noite, o BTC chegou a se aproximar dos US$ 108 mil em um breve rali. No entanto, a abertura dos mercados asiáticos, que encerraram o pregão em queda, e o início das negociações nas bolsas globais contiveram o avanço. Como resultado, aproximadamente US$ 675 milhões em contratos futuros foram liquidados nas últimas 24 horas, de acordo com dados da CoinGlass.
Essa movimentação reflete o impacto da decisão da agência Moody’s, que na sexta-feira (16) rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de “AAA” para “AA1”, citando a dívida pública de US$ 36 trilhões e os juros elevados como riscos centrais.
Com uma agenda macroeconômica mais tranquila nesta semana, o mercado volta as atenções para possíveis declarações do presidente Donald Trump, especialmente em relação à guerra comercial. O Bitcoin permanece como principal termômetro do mercado cripto, e sua estabilidade acima dos US$ 103 mil é acompanhada de perto por analistas.
No campo técnico, os próximos dias serão decisivos. Um cenário otimista pode levar o preço a testar novamente os US$ 105.300 ou até US$ 108 mil. Se consolidado entre US$ 101.583 e US$ 105 mil, o ativo forma uma base sólida. Já o rompimento da máxima histórica abriria espaço para uma nova valorização, com alvo em US$ 122 mil. Por outro lado, perder o suporte de US$ 97.400 pode levar a quedas até US$ 93.700, e abaixo disso, o risco de correção mais ampla até US$ 70.300 aumenta, sinalizando um possível início de novo bearmarket.
Com os movimentos recentes no mercado, muitos investidores têm avaliado diferentes estratégias para comprar Bitcoin. Embora não seja possível prever com exatidão os próximos passos do ativo, alguns sinais têm chamado a atenção. Entre eles, está o comportamento de grandes players institucionais, que continuam ampliando suas posições em BTC de forma gradual.
Outra abordagem que vem sendo adotada por investidores experientes é o uso de estratégias de compra recorrente, como o dollar-cost averaging, que busca diluir o preço médio de aquisição ao longo do tempo, especialmente para quem tem uma visão voltada ao longo prazo.
Para aprofundar sua compreensão sobre o atual cenário e conferir mais detalhes sobre as movimentações do mercado, assista ao vídeo abaixo:
