Após a correção sofrida pelo bitcoin no último mês, a Microstrategy anunciou a compra de mais de 10 milhões de dólares na criptomoeda. Com isso, a empresa já acumula mais de 600 milhões de dólares em bitcoins em seus balanços patrimoniais.
BlackRock: a maior gestora do mundo entrará em cripto
BlackRock, a maior gestora do mundo, com mais de 7.8 trilhões de dólares em gestão, anunciou que adicionará bitcoins em dois de seus fundos. A exposição será realizada através de contratos futuros da CME e marca a entrada de outro grande player no mercado de criptomoedas.
Dica do mês: guarde suas criptomoedas da forma correta
A custódia das criptomoedas é um dos temas mais complexos e importantes desse mercado, mas muitas pessoas ainda carecem de informações sobre.
Pensando nisso, como sabemos que muitos novos investidores possuem dúvidas sobre qual é a melhor forma de guardar seus ativos, nós produzimos um vídeo
atendendo a essa dor.
Destaque do mês
“Satoshi, we have a problem”
Quando penso na análise de um criptoativo ou de qualquer outra tecnologia, a capacidade de evolução é o fator mais significativo para mim.
Isso porque, nada (modelo de negócio, estrutura de governança, política monetária...) superará a habilidade do ativo de evoluir com as eventuais falhas que serão apresentadas ao longo do tempo.
No mês de janeiro, observamos um atrito interno no principal grupo responsável pelo desenvolvimento do código do Bitcoin: o Bitcoin Core.
Como resultado disso, tivemos o afastamento de Wladimir Van Der Laan, um dos principais desenvolvedores do ativo. Laan afirmou, em uma carta aberta à
comunidade do Bitcoin, que seria necessário a descentralização do desenvolvimento do ativo, apontando um risco interno de centralização da maior
criptomoeda da atualidade.
All Time HIgh: o maior valor da história
2017 VS 2021
2021 se iniciou como um ano único para o mercado das criptomoedas.
Nos primeiros dias do ano atingimos o valor de 1 trilhão de dólares de market cap do mercado. Só o Bitcoin foi responsável por 730 bilhões de dólares. Esse fato
concretizou o Bitcoin como principal criptomoeda do mercado e evidenciou que, diferente de 2017, esse momento de mercado se trata muito mais da concretização
de alguns ativos do que da ascensão do mercado de criptomoedas como um todo. Isso porque o fator responsável por essa alta do mercado foi a valorização do
Bitcoin, algo muito diferente de 2017, em que a maior parte do valor de mercado estava concentrado nas ICOs e em altcoins menores - com o movimento de alta
baseado na especulação desses ativos.
Por que mudou tanto?
A diferença desses momentos de mercado está ligada ao público responsável pela valorização em cada ano. Em 2017, tínhamos o mercado de criptomoedas dominado pelo investidor pessoa física, com menos de 1 bilhão de dólares sob gestão de fundos de criptomoedas (investidores institucionais).
Atualmente, além da presença do Bitcoin no balanço de empresas listadas em bolsa, como a Microstrategy, algumas das principais gestoras do mundo possuem bitcoins em seus fundos, como a BlackRock e a Fidelity.
Considero muito importante compreender o motivo pelo qual os investidores institucionais tomaram a decisão de investir em criptomoedas só agora, além de
entender o porquê a grande maioria deles se expôs apenas ao Bitcoin. Entendendo as motivações dos gestores, podemos entender melhor a possibilidade desses
investidores alocarem em outros criptoativos.
Porque Bitcoin?
A alocação no Bitcoin foi baseada em dois fatores principais provocados pelo cenário macroeconômico atual: a necessidade de diversificação para redução do risco sistêmico causado pela pandemia, e a busca de novos modelos de negócio ou novos segmentos para a rentabilização de portfólio, devido às quedas significativas das taxas de juros globais.
O Bitcoin se apresentou como uma alternativa excelente. Como o ativo possui uma baixíssima correlação com o mercado tradicional, seus diferenciais como reserva de valor (como portabilidade e segurança) não foram afetados pela pandemia. Além de sua resiliência, estamos falando de um mercado muito recente e com um potencial de valorização e crescimento significativo - caso o BTC venha a se tornar uma reserva de valor ou um meio de pagamento mainstream.
Além da combinação de características que tornaram o Bitcoin tão atrativo nesse cenário de instabilidade global, existia um outro fator fundamental para a entrada
dos investidores institucionais: a existência de infraestrutura para o investimento de forma segura no ativo. Muito diferente de 2017, quando a criptomoeda não era listada em nenhuma grande exchange institucional e nem possuía empresas para a realização de custódia de forma regulada, em 2021 a CME se tornou um dos principais meios da entrada dos investidores institucionais, passando a ser um player de suma importância para essa Bull Run.
Os futuros da CME possuíam um risco regulatório e de crédito muito menor do que as demais exchanges que oferecem derivativos em criptomoedas - como a Bitmex e
a Binance, além de exercerem um controle de alavancagem muito melhor para seus investidores em comparação com os players do mercado de cripto.
A falta desse profissionalismo sempre foi um deal breaker para os investidores institucionais entrarem em cripto pois, para eles, custódia, crédito e alavancagem
são os três maiores riscos do mercado de criptomoedas. Para a entrada massiva de fundos de investimento em alguma criptomoeda, seria fundamental a listagem do ativo em uma plataforma regulada e tradicional de derivativos, como aconteceu com o Bitcoin, aumentando ainda mais a distância do BTC para os outros criptoativos do mercado.
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