Reconhecendo o impacto das soluções de segunda camada, os analistas da Coinext Research destacaram cinco criptomoedas para outubro de 2024
Ao elaborar nossa lista mensal de criptomoedas promissoras, decidimos focar em um segmento específico de criptoativos disponíveis, em vez de apresentar uma seleção ampla que poderia permanecer praticamente a mesma mês a mês. Essa decisão se baseia no fato de que as análises fundamentalistas trazem poucas mudanças, exceto quando ocorre algum evento significativo. Por isso, desconsideramos criptomoedas consolidadas, como Bitcoin e Ethereum.
As redes blockchain surgiram como uma alternativa aos sistemas de pagamento tradicionais, mas, para competir de forma eficaz, precisam ser escaláveis. Isso significa processar mais usuários e transações à medida que o uso das criptomoedas cresce globalmente.
Soluções de segunda camada (Layer 2) ajudam a resolver esse problema ao processar transações fora da rede principal, melhorando a velocidade e reduzindo taxas. Tudo isso ajuda a melhorar a escalabilidade ao mesmo tempo que descomprime o sistema, tornando-o mais rápido e reduzindo suas taxas de transação.
Devido à importância das soluções de segunda camada no ecossistema blockchain e seu impacto em projetos inovadores, os analistas da Coinext Research identificaram cinco criptomoedas dessa categoria com forte potencial de valorização em outubro.
Essas criptomoedas se destacam por aproveitar o aumento da adoção no mercado, tornando-se opções estratégicas para investidores que buscam oportunidades de crescimento em um cenário de expansão contínua das finanças descentralizadas e da tecnologia blockchain.
Confira as melhores criptomoedas para outubro de 2024:
Ela é uma solução de escalabilidade de segunda camada para a blockchain Ethereum. Ela utiliza uma tecnologia chamada "rollups". O Arbitrum agrupa várias transações em uma única operação, processando-as fora da camada principal da Ethereum antes de registrar os resultados de volta na blockchain. Isso possibilita que elas sejam realizadas de forma mais rápida e com taxas menores. Além disso, o protocolo também conta com a AVM (Arbitrum Virtual Machine), semelhante à Ethereum Virtual Machine, capaz de fornecer suporte para os contratos inteligentes.
O Arbitrum facilita a migração de aplicações descentralizadas (dApps) para a rede, oferecendo uma experiência de usuário aprimorada, enquanto mantém a segurança da blockchain Ethereum. Além de todos os benefícios que traz para a rede principal, também possui uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO), que permite que os detentores de seu token ARB participem ativamente da governança do ecossistema. Essa estrutura é fundamental para implementar propostas, alocar recursos e ajustar parâmetros do sistema.
No mês de agosto, a DAO aprovou uma proposta de teste de estresse cujo objetivo era aumentar a utilidade do token ARB e fortalecer a segurança da governança do projeto. A proposta se concentra em desbloquear a utilidade do ARB permitindo seu staking, embora, por enquanto, não inclua a distribuição de taxas para os detentores. Essa iniciativa visa promover a participação ativa no ecossistema Arbitrum e incentivar o engajamento dos votantes na DAO.
Além disso, no dia 24 de setembro, a rede anunciou a conclusão da atualização ArbOS 32, que representa uma grande melhoria na rede Arbitrum e foi realizada com sucesso nas plataformas Arbitrum One, Nova e Sepolia. Essa atualização é importante porque ajuda a corrigir problemas de segurança e aumentar a eficiência da rede. Essas melhorias são relevantes, já que o Arbitrum está atraindo mais usuários e tentando lidar com os desafios decorrentes do aumento da adoção das tecnologias de Layer 2 no mundo das criptomoedas.
Além disso, a atualização ArbOS 32 desempenhou um papel importante nesses ganhos. No momento, o Arbitrum conta com aproximadamente US$ 2,6 bilhões em Valor Total Bloqueado e uma capitalização de mercado de US$ 2,3 bilhões. Durante o mês de setembro, o volume médio diário de negociações variou entre US$ 200 milhões e US$ 800 milhões, refletindo o crescente interesse e movimentação no ecossistema.
Stacks expande as funcionalidades do Bitcoin, conectando-se diretamente à sua rede e permitindo que desenvolvedores criem soluções que aproveitem sua segurança e imutabilidade.
Uma de suas principais características mais inovadoras da Stacks é o mecanismo de consenso que permite que pessoas que possuam o token STX ganhem recompensas em Bitcoin ao bloquear seus tokens STX, em um processo chamado Proof of Transfer (PoX). Esse mecanismo tem duas funções importantes na rede:
Este protocolo possibilita a criação de dApps em diversas áreas, incluindo finanças descentralizadas (DeFi) e jogos. Devido à sua integração com o Bitcoin, as transações realizadas na Stacks são tão seguras quanto as do Bitcoin, o que atrai desenvolvedores e usuários que buscam um ambiente confiável.
Em agosto, a rede passou por uma atualização para acelerar o tempo de processamento dos blocos, reduzindo-os de 10 minutos para apenas alguns segundos. Essa mudança será implementada desvinculando o cronograma de produção de blocos da rede Stacks da rede Bitcoin.
Isso atraiu o interesse institucional, levando a Grayscale Investments a lançar o Grayscale Stacks Trust, permitindo que investidores acessem o ativo de forma segura. Desde setembro, o token STX apresentou uma valorização de cerca de 22%, embora ainda enfrente resistência no nível de US$ 1,64. Com expectativas de superar os US$ 2, dependendo do fluxo de capital, a Stacks, graças à sua integração com o Bitcoin e ao apoio institucional, se mostra como uma escolha promissora para outubro de 2024.
É uma solução que tem como foco tornar a rede Ethereum mais escalável. Seu objetivo é a criação e negociação de ativos digitais, especialmente NFTs (tokens não fungíveis). Ela utiliza uma tecnologia chamada ZK-Rollups, que possibilita o processamento de milhares de transações por segundo de maneira econômica, sem comprometer a segurança da rede principal.
Uma de suas principais soluções é a capacidade de oferecer transações sem taxas, tornando-a atraente tanto para desenvolvedores quanto para usuários. Além de ser compatível com contratos inteligentes, facilitando a migração de dApps, a Immutable X oferece uma experiência otimizada aos usuários, com uma interface simplificada para a negociação de NFTs.
Recentemente, a plataforma firmou uma parceria com a Portal, empresa líder em distribuição de Web3. Esta colaboração visa reformular a distribuição e monetização de jogos Web3, unindo a expertise da Portal em aquisição de usuários e recompensas com a infraestrutura robusta da Immutable, proporcionando uma experiência mais rica para os jogadores globais.
Essa união busca potencializar o crescimento de games Web3, além de ampliar as chances do mercado ganhar tração junto ao público geral. Também irá melhorar a distribuição e monetização do ecossistema de jogos da Immutable, utilizando a solução Portal Pay para simplificar o acesso a novos públicos e aumentar o engajamento dos jogadores.
O funcionamento integrado entre as redes irá trazer uma experiência mais fluida para desenvolvedores e usuários. Além disso, também irá potencializar os níveis de liquidez, permitindo que desenvolvedores utilizem ferramentas eficazes para monetização, resultando em experiências mais satisfatórias para os jogadores.
Com a integração cross-chain da Portal, jogadores de diferentes redes poderão se conectar, ampliando o alcance da plataforma. Isso ressalta o potencial do Immutable X como uma solução escalável para Ethereum e um projeto focado em atender às demandas dos usuários, o que pode impulsionar seu preço a médio e longo prazo. De acordo com o Crypto Daily, a demanda por NFTs na plataforma aumentou 79% em sete dias, levando IMX a um crescimento significativo. O projeto, com US$ 2,83 bilhões em capitalização, continua atraindo investidores e fortalecendo seu papel no futuro da economia digital.
A Polygon (POL) é uma solução de escalabilidade que visa aprimorar e conectar blockchains compatíveis com Ethereum. Originalmente chamada de Matic Network, possibilita a criação de blockchains interoperáveis por meio de tecnologias como sidechain e rollups.
Sua escalabilidade permite que dApps operem de forma eficiente com taxas de transação reduzidas. Recentemente, a Polygon iniciou a migração de seu token MATIC para POL, introduzindo um novo protocolo que utiliza tecnologia de conhecimento zero (ZK) para validar informações sem expor dados. Essa atualização promete maior descentralização e suporte a múltiplas cadeias, aumentando a interação dos usuários.
Além disso, ele foi projetado para ser um “token hiperprodutivo”, atuando como token nativo para gas e staking. A atualização visa fortalecer a validação por meio de staking e atrair novos usuários. O CEO Marc Boiron afirmou que o POL pode gerar taxas de várias fontes, contribuindo para a escalabilidade infinita e unificação das blockchains.
Análises do portal AmbCrypto mostram que, após a atualização dos tokens, a Polygon teve um aumento de 1.019% em novos endereços, superando outras criptomoedas em crescimento. Com um total de 2,61 bilhões de transações e cerca de US$ 873 milhões em Valor Total Bloqueado (TVL), a Polygon apresenta uma base sólida para crescimento futuro, posicionando-se bem para valorização no mercado. Por essa razão, está entre as melhores criptomoedas para outubro.
Também é uma solução de escalabilidade para a rede Ethereum. A rede opera com tecnologia de Rollups, dessa maneira, permite que as transações sejam processadas de forma paralela em uma espécie de sidechain. Isso possibilita que a rede seja otimizada, pois permite que transações maiores sejam realizadas na camada base, sendo posteriormente processadas em lotes.
O token OP desempenha um papel fundamental no funcionamento desse protocolo. Ele é utilizado para:
O Optimism também integra diversos projetos importantes do Ethereum. Por exemplo, a plataforma possibilita o acesso ao Uniswap por meio de uma integração que se iniciou em 2021. À medida que o ecossistema Ethereum evolui com novas soluções, projetos como esse podem ser conectados diretamente ao OP, dessa forma, aliviando a demanda na camada base.
Em agosto, ela anunciou a sua meta de trazer interoperabilidade nativa para as redes Superchains em 2025. As redes Superchain são uma inovação em blockchain que interliga diversas redes individuais para permitir que elas sejam interoperáveis entre si. Com isso, facilita o processo de transferência de dados, ativos e transações de maneira eficiente entre blockchains diferentes, atuando como se fossem parte de uma única rede unificada.
Elas melhoram a escalabilidade e a liquidez, além de proporcionar maior flexibilidade para desenvolvedores e usuários. A atualização da OP visa simplificar as transferências entre diferentes blockchains e introduzir padrões de tokens universais, como o Superchain ERC20, para garantir a fungibilidade dos tokens entre as cadeias do ecossistema.
Os líderes do projeto identificaram o atual processo de transações entre redes da Superchain como "caro e lento", devido à dependência da Layer 1 Ethereum para comunicação e transferências de ativos. A interoperabilidade nativa visa simplificar o uso de múltiplas redes, tornando as transferências tão rápidas quanto em uma blockchain única.
Atualmente, o ecossistema Superchain abrange mais de 20 redes, hospeda US$ 14,8 bilhões em ativos e processa 4,5 milhões de transações diárias. A OP, com um Valor Total Bloqueado de US$ 697 milhões, apresenta uma tendência de alta, com projeções otimistas para 2025.
As criptomoedas de soluções Layer 2, como Arbitrum, Stacks, Immutable X, Polygon e Optimism, estão em destaque este mês com forte potencial de valorização. Não perca a chance de investir em projetos que estão transformando o mercado blockchain.
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