Veja a previsão para Litecoin em 2023 e descubra se essa criptomoeda é ou não uma boa alternativa para sua carteira de investimentos ao longo do ano.
Como saber se vale a pena contar com Litecoin na carteira? Qual a previsão de Litecoin para 2023? O que saber antes de investir nessa moeda? Nesse conteúdo, vamos responder a estas e outras perguntas.
O processo de estudar quais ativos investir é considerado um dos grandes desafios para investidores, afinal, o mercado está em constante mudança. Por isso, entender as expectativas de especialistas é interessante para coletar informações para investir melhor neste ano.
E para o Litecoin, as perspectivas são otimistas em 2023. A criptomoeda apresentou uma das melhores recuperações no final de 2022, levando analistas a considerarem LTC uma das criptomoedas promissoras para acompanhar ao longo do ano.
Continue lendo para entender o que esperar de Litecoin:
O Litecoin é um criptoativo desenvolvido em 2011 pelo programador Charlie Lee. Naquela época, o mercado de criptomoedas era formado basicamente pelo Bitcoin (BTC), que havia sido criado cerca de dois anos antes.
Todo o código do Litecoin foi inspirado no Bitcoin, com pequenas alterações. Algumas das mudanças são um tempo de confirmação de blocos menor, o que possibilita transações mais rápidas e com menor custo.
Em comparação, os blocos do LTC são minerados em 2,5 minutos em média. Enquanto isso, os blocos do Bitcoin são minerados a cada 10 minutos. Isto dá ao Litecoin uma capacidade de processamento de transações 4 vezes maior que o BTC. No entanto, o tamanho do bloco de ambas as redes é o mesmo, definido em 1 MB.
Devido à semelhança entre ambas as redes, enquanto o Bitcoin é chamado de “ouro digital”, o Litecoin foi descrito por muitos anos como a “prata” do mercado de criptomoedas. Isto se deve pelo ativo ser de menor demanda e reconhecimento para o setor em relação ao BTC.
No entanto, o Litecoin vem se diferenciando do Bitcoin nos últimos anos, focando sua Blockchain em aspectos que não são cobertos pelo protocolo do BTC, como maior privacidade e anonimato nas transações.
O ano de 2022 foi um momento de baixa para toda a indústria de criptomoedas, que viu a maioria dos criptoativos caírem mais de 60% no ano. Mesmo ativos mais estabelecidos também sofreram com as quedas e explosões no setor.
O Litecoin (LTC) iniciou 2022 sendo cotado a R$730 e terminou o ano a cerca de R$369, uma uma queda superior a 50%.
Assim como a maioria das altcoins relevantes, o Litecoin alcançou sua máxima histórica durante o último mercado de alta. Mais especificamente, o LTC atingiu o recorde de R$1.820 em maio de 2021.
O mercado de criptomoedas passou por forte queda a partir de maio, que foi quando a China baniu a mineração, bem como a Tesla parou de aceitar BTC como pagamento. Estes acontecimentos impactaram muito o setor, fazendo o preço de muitos ativos desabar.
Desde então, Litecoin passou por forte tendência de baixa e acumula queda de cerca de R$76%. O desempenho do LTC durante o mercado de baixa não foi muito diferente de criptoativos estabelecidos, como Bitcoin e Ethereum, que caíram também mais de 70%.
O LTC, no entanto, é negociado com um preço abaixo dos valores de 2019, algo que demonstra que o mercado de alta de 2021 não foi o suficiente para lançar o criptoativo para uma nova tendência histórica de alta.
Não é possível prever com exatidão o preço futuro de nenhum ativo financeiro. No entanto, é possível realizar uma análise com base nos fundamentos e informações do mercado para traçar uma perspectiva para um criptoativo. Tendo isto em mente, descubra como pode ser o desempenho do LTC em 2023 a seguir:
Se você acompanha há alguns anos o mercado de criptomoedas, certamente já notou que este é um setor altamente cíclico. Desde os primeiros anos do BTC, os preços dos criptoativos tem repetido um padrão que dura em média 4 anos.
O setor cripto costuma passar por cerca de 2 anos de alta e 2 anos de queda e consolidação, período que é marcado pela baixa volatilidade e pela acumulação dos investidores de longo prazo.
Se a história continuar se repetindo, 2023 deve ser um ano de lateralização ou mesmo recuperação para os criptoativos, semelhante ao que ocorreu em 2019.
Com a recente valorização das criptomoedas em janeiro de 2023, analistas e investidores estão mais confiantes de que este será um ano positivo do setor, apesar das condições econômicas desfavoráveis.
O cenário macroeconômico foi negativo para a maioria dos ativos de renda variável. Com os bancos centrais elevando juros e diminuindo a impressão de moeda para conter a alta inflação, os investidores estão buscando por ativos com menor risco, como o mercado de renda fixa.
Mas apesar do ambiente negativo economicamente, o lado positivo é que o mercado já caiu muito. Se houverem novas quedas, elas certamente não serão tão significativas quanto as que já ocorreram no último ano.
Do ponto de vista fundamentalista, é sempre melhor acumular um ativo com os preços em queda do que durante a alta. Esta é a única forma de aproveitar a alta volatilidade e potencial do mercado de criptomoedas.
O analista técnico com pseudônimo DonAlt afirmou que o gráfico do LTC está apresentando boa oportunidade, e observa que o criptoativo pode valorizar cerca de 4 vezes:
“O par BTC [LTC / BTC] quebrou apenas para recuperar a faixa baixa com entusiasmo. Enquanto 0,00319 BTC ($ 53,05) se mantiver, terei que assumir que iremos ver [um aumento de] 4x para atingir a faixa alta. O par USD também estourou, apenas não tão forte, mas vai fechar o ano forte. LTC passando pelo halving este ano também. Moeda boa.”
O halving do Litecoin se refere a mudança na emissão de moedas na rede, que cai pela metade a cada quatro anos em média. Por terem sido criados em momentos diferentes, o halving do LTC não é sincronizado com o do Bitcoin.
O halving tende a beneficiar o preço dos criptoativos, visto que a taxa de inflação da moeda é rapidamente cortada pela metade, o que costuma pressionar os preços para cima.
O analista Scalping Pro sugeriu ainda que está projetando uma valorização 200% paro o LTC em 2023: “O $LTC está formando uma estrutura inferior pré-halving semelhante à que vimos em 2015 e 2019. 1) Parte inferior 2) Topo local 3) Correção pela metade 4) Bomba pós-halving (ATH) [...]”
Apesar de ter sido criado como uma espécie de cópia do Bitcoin, os desenvolvedores do Litecoin buscaram diferenciar a rede da principal criptomoeda nos últimos anos.
Inicialmente, a principal narrativa sobre a utilidade do Litecoin girava em torno da rede atender demandas que o Bitcoin não atendia, como por exemplo transações ainda mais baratas. No entanto, com o desenvolvimento de redes de segunda camada do BTC, como a Lighting Network (LN), esta narrativa foi sendo abandonada com o tempo.
O principal desenvolvimento do Litecoin nos últimos anos foi a implementação da atualização MWEB (MimbleWimble extension block), que permite transações mais privadas no protocolo. Esta atualização diferenciou o Litecoin do Bitcoin, cujas transações são completamente públicas e observáveis na Blockchain.
Devido à mudança, o Litecoin é agora também colocado em listas de privacy coins (moedas privadas), como Monero (XMR) e Zcash (ZEC), que possuem foco em privacidade.
O MWEB foi implementado através de um soft fork, isto é, uma mudança que não quebra as regras de consenso da rede. A atualização aumenta virtualmente o tamanho do bloco da rede por meio de uma rede paralela, visto que transações privadas ocupam muito espaço no bloco em comparação com transações públicas.
É necessário analisar seu próprio perfil de investidor antes de tomar uma decisão financeira. Portanto, tenha em mente este fator antes de comprar uma criptomoeda e decidir o percentual de alocação em seu portfólio.
Para investir em Litecoin e em demais altcoins, tenha em mente que criptoativos ainda possuem alta volatilidade, ou seja, os preços podem variar muito para cima ou para baixo, como demonstrado durante o mercado de 2022.
Mas não se assuste com este fator, pois alta volatilidade é encontrada em todos os mercados de renda variável, como o mercado de ações.
O ano de 2023 certamente apresenta as condições corretas para que o LTC se recupere parcialmente da sua queda. O halving, a implementação do MWEB e a provável recuperação da indústria de criptomoedas certamente devem ser relevantes para a precificação positiva do LTC.
Outro ponto de destaque positivo para o Litecoin é o fato da rede não ter passado por pré-mineração, algo que ocorreu com a maioria das altcoins. Isso significa que os desenvolvedores da rede e os primeiros apoiadores não acumularam o criptoativo antes ou no início do lançamento. Isso faz com que a dispersão das moedas seja menos concentrada.
Mesmo redes estabelecidas como Ethereum passaram por uma pré-mineração. Há relatos de que cerca de 60 milhões de ETH, avaliados hoje em mais de US$90 bilhões, foram acumulados através de pré-mineração.
A manutenção do algoritmo de Proof of Work (PoW) também é algo que ajuda a dispersar as moedas pelo mundo e descentralizar o criptoativo.
Com a rede Ethereum migrando para o algoritmo de consenso de Proof of Stake (PoS), a Litecoin é agora a terceira maior rede de PoW, atrás apenas do Bitcoin e da Dogecoin (DOGE).
Além disso, por ser uma das criptomoedas mais antigas, a Litecoin conta com uma liquidez e aceitação grande em relação a outras criptomoedas.
Agora que você já sabe o que esperar do Litecoin para o ano, fica mais fácil se preparar para investir melhor.
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