Descubra o que é e como funciona um Hard Fork, um conceito fundamental no mercado de criptomoedas e nas redes blockchains.
Descubra o que é e como funciona um Hard Fork, um conceito fundamental no mercado de criptomoedas e nas redes blockchains. Veja o que aconteceu com os principais hard forks ao longo da história no setor.
Um Hard Fork (divisão dura) é classificado como uma mudança nas regras de consenso de uma determinada criptomoeda ou em uma rede blockchain. Essa mudança pode ou não gerar uma nova criptomoeda durante a divisão, a depender do comportamento dos usuários da rede com base no consenso.
Por exemplo, o Bitcoin se dividiu em dois em 2017, em Bitcoin (BTC) e Bitcoin Cash (BCH). Esta divisão foi motivada porque uma parte do ecossistema queria que o Bitcoin fosse capaz de processar mais transações em sua camada base, enquanto outra parte queria que a rede permanecesse com as mesmas regras de funcionamento. A partir daí, o Bitcoin Cash seguiu com blocos maiores, enquanto o Bitcoin manteve seus blocos menores.
Por outro lado, a rede Ethereum já passou por diversos hard forks consensuais ao longo da história, que permitiram modificar as regras do protocolo sem criar uma nova rede paralela.
Soft fork é um tipo de atualização voluntária em redes blockchain que não altera o consenso do protocolo, pelo menos em tese. Por exemplo, a atualização feita no Bitcoin em 2010, que introduziu um limite de 1 MB no tamanho dos blocos, foi implementada via soft fork, mas especialistas apontam que isso foi considerado uma mudança radical na rede, que anteriormente podia ter blocos maiores.
Por esse motivo, os soft forks são normalmente atualizações menos controversas para serem aprovadas. Como são voluntários, os soft forks também são mais fáceis de implementar, pois não dependem de um consenso da rede.
Por outro lado, um hard fork muda as regras de consenso, e é necessário que todos os participantes da rede atualizem o software para continuar participando do ecossistema da blockchain. Caso um participante não atualize para as novas regras, seu nó ficará dessincronizado com a blockchain.
Na história do mercado de criptomoedas, alguns hard forks de grande impacto ocorreram, provocando movimentos no setor. Enquanto alguns deles geraram uma divisão, outros foram consensuais e não criaram uma divisão ou comunidade paralela.
O Bitcoin (BTC) e o Bitcoin Cash (BCH) se separaram em 2017 após longos anos de discussão sobre o tamanho dos blocos. Os apoiadores do Bitcoin Cash seguiram a visão original de Satoshi Nakamoto, de que o BTC deveria ser capaz de processar muitas transações em sua camada base. Satoshi chegou a mencionar que a rede poderia lidar com blocos de gigabytes, milhares de vezes o valor atual.
Por sua vez, os apoiadores dos blocos pequenos queriam manter as regras padrão do protocolo. Os principais argumentos utilizados estavam relacionados à descentralização, pois seria mais custoso para os nós da rede lidar com mais tráfego de dados e armazenamento. Além disso, uma mudança desse nível poderia abrir precedentes para mudanças futuras.
Desde então, o Bitcoin Cash, que chegou a ser a segunda maior criptomoeda do mercado, despencou em valor e possui atualmente cerca de 1% do preço do BTC. No entanto, a partir de 2023, o BCH vem se recuperando, sendo uma das criptomoedas de maior desempenho do mercado."
O Ethereum (ETH), a segunda maior blockchain do mercado, passou por um hard fork em 2016 após um hack de grandes proporções ocorrer no The DAO, uma Organização Autônoma Descentralizada destinada a investir recursos em projetos de forma conjunta.
Rapidamente, foi organizado um hard fork com o objetivo de corrigir o problema e reverter as consequências do hack. Como consequência, parte da comunidade não gostou da solução, visto que um dos princípios das redes blockchain é a imutabilidade.
O fork que mantém a rede principal do Ethereum ficou conhecido como Ethereum Classic. O Ethereum, apesar do fork, manteve o nome e o ticker original. Notavelmente, a rede que consegue manter o nome e o ticker original costuma ter um desempenho financeiro melhor nos anos seguintes, muito provavelmente devido ao efeito de rede.
Conforme destacado, as redes blockchain podem passar por atualizações via hard fork sem que seja criada uma nova criptomoeda. Por exemplo, a atualização The Merge do Ethereum permitiu que a rede mudasse seu algoritmo de consenso de Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS).
O Bitcoin Satoshi Vision (BSV) surgiu como uma divisão do Bitcoin Cash (BTC) no final de 2018, tendo sido idealizado pelo cientista da computação Craig Wright. Craig vem afirmando nos últimos anos ser o anônimo criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, tendo travado batalhas legais em tribunais. No entanto, até o momento Craig nunca conseguiu comprovar sua identidade.
Craig propôs o BSV como uma rede mais semelhante às visões originais de Satoshi Nakamoto, que planejava que o Bitcoin tivesse blocos de transações muito maiores. A partir daí, ele definiu blocos de 128 MB no início da rede. No entanto, o BSV se tornou um fracasso comercial, e atualmente conta com menos de 1% do tamanho do BTC.
Os hard forks, como observado, são formas de realizar mudanças no consenso de redes blockchain, ou mesmo de reverter ataques à rede. Este tipo de atualização tende a provocar debates acalorados entre os entusiastas e desenvolvedores.
Quase sempre, hard forks são motivos de controvérsias. No entanto, mesmo em meio a discussões, o Bitcoin e o mercado de criptomoedas seguem crescendo exponencialmente em valor e liquidez.
Algumas vantagens dos hard forks incluem:
As desvantagens dos hard forks incluem:
Agora que você sabe o que é um Hard Fork e entende como ele pode impactar o ecossistema das criptomoedas, está na hora de começar a explorar as oportunidades que esse mercado oferece. Na Coinext, nossa plataforma intuitiva e segura permite que você negocie uma variedade de criptomoedas, incluindo aquelas que surgem de eventos como Hard Forks.
Faça seu cadastro hoje mesmo e comece a negociar com facilidade e segurança.