Conheça o conceito de ativo, passivo e patrimônio líquido, qual a função de cada um e entenda onde as suas criptos estão neste universo.
Quando falamos em mercado financeiro e em seus conceitos mais básicos, o termo “ativo” ou “ativo financeiro” é sempre muito comum. Por isso, para qualquer investidor que está começando e quer passar a investir de forma mais consciente, entender o termo ativo financeiro é algo muito importante.
Um ativo é, de forma simples, qualquer item ou bem que possua valor comercial e possa ser negociado entre duas pessoas e até mesmo em bolsas de valores. O ativo também faz parte do patrimônio de um indivíduo. Sendo assim, um ativo é, basicamente, tudo em que você pode investir de uma forma ou de outra. Ações, commodities, contratos futuros e até as criptomoedas são ativos.
Existem diferentes tipos de ativos financeiros no mercado, incluindo os de renda fixa e os de renda variável. Confira quais são os principais tipos de ativos disponíveis e como as criptomoedas devem ser categorizadas em relação a essa classe de investimento.
O ativo circulante é aquele que apresenta uma grande liquidez e pode ser convertido em dinheiro em um curto prazo. Esse tipo de ativo também é conhecido como “realizável a curto prazo”, ou seja, ele pode ser trocado por dinheiro com certa facilidade e não precisa de um tempo determinado para o resgate do valor investido.
Entre esses ativos temos:
O ativo não circulante está no caminho oposto do exemplo logo acima. Eles são aqueles que não podem ser convertidos em dinheiro imediatamente, isso inclui diferentes bens, imóveis e até mesmo investimentos em ações e participações em empresas.
Nesse tipo de ativos, temos os de renda variável, como as ações, os derivativos, commodities e até mesmo o Bitcoin e outras criptomoedas.
Outros exemplos desse tipo de ativo incluem: Obras de arte, metais preciosos ou direitos que possam ser negociados.
Como o nome já deixa bem claro, esse é um tipo de ativo não circulante que tem um prazo mínimo para ser realizável (obter lucros/recuperar o investimento), geralmente o período para ativos com essa classificação é de pelo menos 1 ano para a realização.
Sendo assim, são considerados ativos realizáveis a longo prazo os investimentos que possuem data de liquidação superior a 365 dias.
A grande maioria das aplicações na renda fixa são nesses tipos de ativos, há também empréstimos, créditos acima de 12 meses, contas a receber e outros.
Empresas e pessoas físicas podem utilizar diferentes métodos de investimento para conseguir aumentar os seus lucros em um determinado período. Existem diferentes ativos de investimento, desde as commodities, ações, bitcoin, etc.
As aplicações financeiras também se encaixam nesse tipo de ativo, sendo um dos investimentos mais comuns dentro do mercado.
Os ativos imobilizados são aqueles que são considerados na categoria “imóvel”. Ou seja, quando a construção física impede a liquidação imediata. Exemplos claros desse tipo de ativo são as casas, galpões comerciais, prédios e outras estruturas do tipo.
Também podem entrar nesse tipo de ativos os recursos naturais, como minas de metais preciosos ou jazidas de minerais.
Os ativos financeiros intangíveis são um dos mais interessantes do mercado e até um dos mais valiosos. Esses são aqueles que não possuem tangibilidade, não são físicos, mas que representam um direito ou a propriedade em relação a alguma ideia ou invenção.
Marcas, patentes, direitos de uso de imagem e qualquer coisa não tangível que possa ser explorada ao longo do tempo em diferentes prazos são considerados ativos intangíveis.
Métodos de trabalho ou tecnologias patenteadas por alguma empresa também se encaixam nessa classificação.
O termo “passivo financeiro” está diretamente ligado com o balanço financeiro de empresas. Enquanto os passivos podem ser utilizados na contabilidade pessoal, esse é um termo muito mais atrelado ao meio comercial e empresarial.
Ao contrário dos ativos, que geram algum tipo de rendimento de ou de lucro, os passivos correspondem aos prejuízos, efetivamente representando as contas e despesas que devem ser pagas. A classificação dos passivos financeiros é importante para determinar qual é o patrimônio líquido de alguém ou de uma empresa.
O passivo circulante, possui semelhanças com o ativo circulante, mas no caminho oposto, gerando dívidas ao invés de lucros. Sendo assim, o passivo circulante é aquele que gera tributos ou cobranças que devem ser pagas em um determinado período.
Entre esse tipo de passivo, temos as taxas bancárias e os impostos. Quando falamos em empresas, alguns contratos por matéria prima ou mão de obra também entram nestas contas.
Os passivos não circulantes são os débitos de longo prazo que devem ser quitados em vencimentos após o final do exercício seguinte ao encerramento atual do balanço patrimonial. Até é uma definição difícil de ser entendida, mas com alguns exemplos é fácil de saber do que se trata o passivo não circulante.
Nessa categoria podemos encaixar os:
O patrimônio líquido é um dos principais conceitos ligados ao balanço patrimonial de uma pessoa ou de uma empresa. A ideia aqui é complexa (como quase tudo na contabilidade) mas pode ser resumida e simplificada para um fácil entendimento: o Patrimônio Líquido é a diferença na subtração de Ativos e Passivos de uma entidade.
Por exemplo: Você possui ativos (bens e investimentos) de R$ 50.000 e passivos (débitos) de R$ 15.000. Seu patrimônio líquido é de R$ 35.000. É importante entender qual é o seu patrimônio líquido exato, pois isso te ajuda a determinar onde, como e quando investir o seu capital.
As criptomoedas nasceram para iniciar uma revolução bancária e financeira, sendo diferente de tudo que existia na época. Sendo assim, como as criptomoedas se classificam em relação aos ativos financeiros? Elas são totalmente diferentes? Devem ser tratadas de forma igual?
Bom, a verdade é que, como já foi brevemente citado nesse texto, as criptomoedas são ativos financeiros e devem ser tratadas como tais. Ela se encaixa como ativo financeiro a partir da definição do código civil, artigo 533, que dispõe sobre as trocas, referentes a compras e vendas.
Instrução Normativa RFB Nº 1.888, de 3 de maio de 2019, que passou a exigir a declaração dos ganhos e das reservas em criptomoedas na Declaração Anual de Imposto de Renda. Também classifica as criptomoedas como ativos.
Ou seja, é importante entender como declarar seus Bitcoins e outras criptomoedas.