O que é inflação e como ela afeta seus Investimentos em criptomoedas?

Descubra o que é inflação, como ela impacta seus investimentos e o papel do Bitcoin como hedge em cenários de incerteza econômica.

Matheus Araújo
Última atualização:
3/7/2025
Investimentos
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Inflação é a elevação contínua e generalizada dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo, um fator crucial para entender como investir dinheiro de forma segura e inteligente. 

Ela afeta diretamente o custo de vida e as decisões financeiras da população. Compreender suas causas, formas de medição e impacto sobre o poder de compra é essencial para quem deseja proteger seu patrimônio. 

Com o avanço das finanças digitais, surgem novos questionamentos: qual é o papel do Bitcoin em cenários inflacionários? Como as projeções de inflação influenciam os investidores? E o próprio Bitcoin, sofre inflação?

Neste conteúdo, você vai entender o que é inflação, como ela impacta a economia e como as criptomoedas, especialmente o Bitcoin, se posicionam como possíveis alternativas de proteção em tempos de instabilidade.

O que é inflação?

Inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços em um país ao longo do tempo. Quando os preços sobem, o poder de compra da moeda diminui, ou seja, com a mesma quantia de dinheiro, você compra menos. Esse fenômeno afeta:

  • Produtos básicos, como alimentos e combustíveis;
  • Serviços essenciais, como educação e saúde.

De forma técnica, ela representa a variação percentual dos preços em um período específico, geralmente medido mensalmente ou anualmente. 

Ela pode ser causada por diversos fatores, como o aumento nos custos de produção, excesso de demanda ou expansão da base monetária. É um indicador-chave da saúde econômica de um país.

No Brasil, a inflação é monitorada por diferentes índices, sendo o principal o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Esse índice avalia a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços que fazem parte do cotidiano das famílias. 

Outros indicadores relevantes são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que têm metodologias diferentes, mas também medem o seu impacto sobre o consumo.

O IPC, especificamente, reflete diretamente o impacto da inflação no dia a dia da população. Ele considera categorias como:

  • Alimentação;
  • Transporte;
  • Habitação;
  • Saúde;
  • Educação. 

Quando o IPC aumenta, isso significa que, em média, os preços desses itens subiram, o que pressiona o orçamento doméstico e afeta o poder de compra das famílias brasileiras.

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Como a inflação influencia as criptomoedas?

A inflação corrói o poder de compra da população e eleva o nível de incerteza econômica. Nesse cenário, investidores buscam formas de proteger seu capital, e o Bitcoin tem se destacado como uma alternativa de hedge contra os efeitos inflacionários.

Com oferta limitada a 21 milhões de unidades, o Bitcoin é imune à emissão desenfreada que desvaloriza moedas fiduciárias. Por isso, é frequentemente comparado ao ouro e reconhecido como uma reserva de valor digital. 

Em países com inflação crônica, como Argentina e Venezuela, o uso de criptomoedas já se consolidou como um meio de preservar poder de compra e escapar da erosão monetária.

O interesse por ativos digitais também cresce em momentos de instabilidade política ou desvalorização cambial, pois criptomoedas oferecem autonomia financeira e menor exposição a interferências governamentais.

Por outro lado, em economias como os Estados Unidos, o aumento da inflação leva o Federal Reserve a elevar as taxas de juros, favorecendo investimentos tradicionais e reduzindo, temporariamente, o apetite por ativos de maior risco, como o Bitcoin.

Ainda assim, o papel das criptomoedas como hedge permanece relevante no longo prazo, sobretudo como estratégia de diversificação diante das incertezas econômicas globais.

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Como as projeções de inflação afetam o comportamento dos investidores?

As projeções de inflação funcionam como um sinal antecipado do cenário econômico futuro  e têm grande peso nas decisões dos investidores. Quando o mercado antecipa um aumento da inflação, cresce a percepção de que o poder de compra será corroído. Com isso, os investidores ajustam suas estratégias para proteger o capital.

Em cenários de inflação projetada em alta, é comum a migração para ativos mais conservadores e indexados à inflação, como títulos públicos atrelados ao IPCA, ouro, imóveis e até criptomoedas, que ganham destaque como alternativa de hedge. 

O objetivo passa a ser preservar o valor real do dinheiro, reduzindo a exposição a ativos mais voláteis.

Por outro lado, quando as projeções indicam inflação sob controle ou em queda, o ambiente favorece o investimento em ativos de maior risco, como ações, fundos imobiliários e mercados emergentes. 

Isso ocorre porque a expectativa de juros mais baixos estimula o crescimento econômico e o consumo, criando um cenário mais propício ao retorno sobre investimentos mais agressivos.

Assim, as projeções de inflação influenciam diretamente o perfil de risco adotado e os setores priorizados pelos investidores, impactando todo o comportamento do mercado financeiro.

Ou seja, o papel das criptomoedas como hedge permanece relevante no longo prazo, sobretudo como estratégia de diversificação diante das incertezas econômicas globais, sendo cada vez mais incluídas em carteiras voltadas à diversificação de investimentos.

O Bitcoin sofre inflação? 

Tecnicamente, o Bitcoin é inflacionário enquanto novos bitcoins ainda estão sendo emitidos. Isso acontece porque a cada bloco minerado, novas unidades entram em circulação, aumentando a oferta total da moeda.

Essa característica faz parte da própria estrutura do protocolo do Bitcoin e é um dos motivos pelos quais ele é considerado uma reserva de valor digital. Como funciona a inflação no Bitcoin:

  • Inflação programada: novos bitcoins são criados como recompensa para os mineradores a cada bloco validado. Isso garante a manutenção e segurança da rede;
  • Halving a cada 4 anos: o Bitcoin passa por um evento chamado halving, que reduz pela metade a recompensa de mineração, diminuindo a taxa de emissão de novos bitcoins;
  • Oferta limitada a 21 milhões: não importa o cenário econômico, nunca existirão mais de 21 milhões de bitcoins. Isso protege contra a inflação descontrolada;
  • Inflação decrescente ao longo do tempo: a cada halving, menos bitcoins são criados, reduzindo gradualmente a taxa inflacionária da rede. Atualmente, são gerados 6,25 BTC por bloco; após o próximo halving, serão apenas 3,125 BTC.

Essa lógica faz com que o Bitcoin tenha um comportamento mais parecido com o ouro do que com moedas como o dólar. 

Enquanto governos podem imprimir dinheiro em momentos de crise (o que gera inflação), o Bitcoin tem uma política monetária fixa e imutável, tornando-se uma alternativa de hedge para quem busca preservar valor em tempos de instabilidade.

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Matheus Araújo
Estagiário de Marketing de Conteúdo
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