DApps são aplicativos descentralizados executados em Blockchain, que desempenham um importante papel para a nova economia digital. Entenda tudo neste artigo!
Os DApps ou “Aplicativos Descentralizados” se assemelham a qualquer outro aplicativo digital que utilizamos em nossos smartphones e computadores, com o diferencial de se basearem em infraestrutura Blockchain para dar mais controle, autonomia e transparência aos usuários, em vez de serem totalmente controlados por grandes empresas de tecnologia.
A maioria das aplicações que conhecemos hoje, desde redes sociais a serviços de streaming, são centralizadas, ou seja, regidas por uma só companhia ou instituição.
Dessa forma, se os responsáveis pelo Facebook ou Twitter decidirem que uma conta deve ser apagada ou alguma ferramenta precisa ser alterada, você não terá controle sobre isso. Além disso, nem sempre conseguimos ter certeza do que de fato está sendo feito com nossos dados.
Já nos DApps, os usuários passam a ter mais controle e participação também sobre esses aspectos, graças à sua característica de descentralização que explicaremos com mais detalhes neste artigo. Por isso, continue lendo para entender:
DApps são aplicativos descentralizados executados em Blockchain, uma rede de computadores que compartilham a informação de forma distribuída, pública e protegida por meio de criptografia.
Esses computadores que compõem a rede Blockchain de um DApp não pertencem a uma grande empresa ou organização responsável por sua criação, mas sim aos próprios usuários, chamados de “nós”.
Isso significa que toda a estrutura e dados de um DApp não ficam guardados em um único servidor e nem dependem da aprovação de uma unidade central reguladora para serem incluídos. Pelo contrário, múltiplos usuários ao redor do mundo ajudam a manter o funcionamento da rede com os recursos de seu próprio computador.
Logo, como os DApps utilizam um banco de dados compartilhado, um possível hacker teria que conseguir acessar a grande maioria das máquinas conectadas à rede do aplicativo para conseguir realizar um ataque.
Por isso os DApps são mais transparentes para com seus usuários e mais resistentes a ataques que afetariam com mais facilidade um único servidor central.
O próprio Bitcoin foi o primeiro DApp baseado em Blockchain a ser criado, com o intuito de ser uma moeda descentralizada para facilitar as transações financeiras entre duas pessoas.
Mas foi principalmente a partir de 2014, com o lançamento da rede Ethereum e de sua linguagem de programação Solidity, que a criação de novos DApps foi impulsionada, permitindo o desenvolvimento de apps descentralizados em vários setores, como finanças, redes sociais e games. Além da Ethereum, alguns outros projetos que oferecem o suporte para DApps, incluem:
Em geral os DApps apresentam as seguintes características que os definem:
Por ser de código aberto, os aplicativos descentralizados oferecem alta transparência para os usuários, por permitirem que a comunidade saiba o tempo inteiro o que o DApp faz e realize auditorias e inspecione seu código fonte.
Além disso, como são descentralizados, qualquer decisão sobre o DApp só é aplicada quando atinge um consenso entre todos os participantes da rede. Tudo isso sem perder em segurança, já que tecnologia Blockchain e seu caráter distribuído e criptografado reforçam a resistência a falhas e fraudes.
Por conta dessas características, mesmo que os desenvolvedores abandonem o projeto ou um único computador da rede seja atacado, um DApp consegue continuar em funcionamento.
Mas como tudo isso é possível? Como os DApps são criados? A resposta para essas duas perguntas levam a um mesmo ponto: os contratos inteligentes.
Os contratos inteligentes ou “smart contracts” são programas de computador executados na Blockchain, a partir dos quais os DApps são criados.
É o código de um contrato inteligente que define o funcionamento de um app descentralizado e executa todas as operações necessárias de forma automática, sem que haja a necessidade de interferência humana.
Por conta disso, um DApp nunca fará algo diferente do que foi desenvolvido para fazer. Além disso, como os DApps são de código aberto, qualquer pessoa pode visualizar as regras desse contrato.
Cada nova operação executada no DApp através do smart contract é registrada na Blockchain de maneira pública e distribuída. Desse modo, os apps descentralizados conseguem aproveitar todos os recursos de segurança, transparência e privacidade da infraestrutura Blockchain.
Para que possamos interagir com os DApps, os contratos inteligentes são combinados com uma interface front-end de usuário. Assim, na prática, usar um DApp como o streaming de música descentralizado Audius não será uma experiência muito diferente de utilizar o Spotify, por exemplo.
Em resumo, um DApp funciona da seguinte maneira: é definido por um contrato inteligente, executado e armazenado em Blockchain, e apresentado ao usuário por meio de uma interface amigável.
Os DApps alimentam sua atividade por meio de um sistema de tokens:
Tokens são ativos digitais com valor atribuído, necessários para acessar o aplicativo descentralizado, desfrutar de suas funcionalidades e ainda para recompensar seus participantes, como forma de incentivo.
Um DApp pode possuir seu token específico, como o token GLM do aplicativo Golem. Ou então, é possível usar a mesma criptomoeda nativa da Blockchain na qual está hospedado, como é o caso do DApp CryptoKitties que utiliza Ether (ETH), a moeda nativa da rede Blockchain Ethereum.
Existe uma grande variedade de DApps, com diferentes aplicações no mundo real, como: carteiras de criptomoedas, redes sociais, serviços de streaming e games.
Há também os protocolos incluídos dentro das finanças descentralizadas (DeFi), dentro das quais se inserem os primeiros e grande parte dos DApps desenvolvidos. Veja o vídeo abaixo e saiba mais sobre o que é DeFi:
Você pode utilizar as plataformas DappRadar e State of the DApps para encontrar aplicativos descentralizados.
Nelas, você busca diversos aplicativos por meio de categorias e rankings. Você também encontra informações básicas como número de usuários e volume de negociação de seus tokens. Além, é claro, de disponibilizarem o link para a plataforma oficial do aplicativo.
Para interagir de forma completa com um aplicativo descentralizado, você precisará de uma carteira digital e de um DApp browser, navegadores que permitem que os usuários se conectem a apps descentralizados em uma Blockchain.
Segundo o site DappRadar, já existem mais de 11 mil DApps para explorar. Veja abaixo alguns exemplos de como os aplicativos podem ser usados no nosso cotidiano:
Em vista de todo o diferencial do funcionamento dos DApps e sua diversidade de usos, podemos destacar das seguintes vantagens desses aplicativos:
Como acabamos de ver, os DApps trazem uma alternativa ao uso de aplicativos centralizados e propõem soluções para muitos dos problemas que os apps tradicionais enfrentam atualmente.
Entretanto, vale destacar que ainda existem desafios a serem superados até que uma adoção em massa dos apps descentralizados ocorra para que eles sejam completamente introduzidos em nosso dia a dia.
Uma das barreiras para essa adoção em larga escala é o alcance de uma base mais ampla e difundida de usuários, que até o momento fica muito restrito ao nicho dos entusiastas de criptomoedas e tecnologia.
Muito disso se deve ao fato da falta de informação e conhecimento básico sobre o mercado e sobre as ferramentas necessárias para conseguir executar e interagir com os DApps, além de ser necessário adquirir tokens para começar a usar esses aplicativos.
No entanto, à medida que as mudanças trazidas pela transição para a Web 3.0 – a internet descentralizada do futuro – vêm avançando, o que se espera é que os DApps passem a se popularizar até se consolidarem como o padrão de aplicações digitais para o novo modelo de Web.
Sim! Os DApps estão diretamente ligados ao universo de criptoativos e, em geral, novos projetos desenvolvem seus próprios tokens, que podem ser negociados como qualquer criptomoeda.
Sendo assim, os tokens dos projetos mais relevantes do mercado podem ser encontrados listados em corretoras especializadas em criptomoedas, como a Coinext.
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