Você sabe o que é um ETF? Esses fundos de índices podem ser uma alternativa para diversificar seus investimentos. Veja aqui e conheça as vantagens.
Um Exchange-Traded Funds (ETF), também conhecido como fundo de índices, é uma forma interessante de investir no mercado de ações sem a necessidade de se expor aos muitos riscos das bolsas de valores tradicional. O ETF surge como uma ótima opção para investidores iniciantes e o próprio Bitcoin tem uma história muito interessante com esse tipo de investimento.
O ETF tem o diferencial para os investidores de trazer um fundo de ações que têm como referência a bolsa de valores (Como o Índice Bovespa, etc...). A ideia é que o fundo tenta atingir os rendimentos iguais ou superiores ao indicador de referência, valorizando assim as suas cotas.
O patrimônio total do ETF é dividido igualmente em cotas, que são negociadas na bolsa de valores. Ou seja, o preço do ETF varia de acordo com as ações que compõem o fundo. Aqui no Brasil, esse tipo de investimento está disponível ao público desde 2004, já nos EUA, é um mercado que já tem seu espaço desde o começo da década de 1990.
Toda a administração desse investimento é feita por um gestor (ou gestores) especializado com acompanhamento diário do mercado e da valorização das ações. Esse gestor realiza os trades necessários para conseguir garantir que o investimento tenha um resultado satisfatório, sempre tendo o índice do mercado de ações como margem guia.
Essa gestão é feita por diferentes empresas e profissionais no mercado nacional e internacional e eles cobram uma taxa administrativa para gerir esses investimentos. Mas vale ressaltar, que a valorização diária já leva em conta essa taxa, garantindo constância no lucro para os clientes.
O ETF vem aos poucos se tornando uma opção muito atraente justamente para aqueles que estão começando a investir no mercado de ações. Isso acontece porque ele traz uma série de benefícios para os investidores iniciantes (e veteranos).
A utilidade de um ETF está justamente em como ele oferece mais segurança por meio da diversificação, sem tornar o processo de investimento algo complicado. Como a diversificação é a principal estratégia para evitar prejuízos financeiros, isso garante uma ótima vantagem em relação a outros tipos de rendimento, sem prejudicar as possibilidades de lucro.
A facilidade de iniciar assim também é uma utilidade fundamental. Isso ajuda principalmente aqueles que querem investir, mas não possuem o conhecimento estratégico necessário para fazer de forma ativa no mercado tradicional.
Essas são atividades fundamentais para vários investidores, e é justamente por isso que nos últimos anos houve várias tentativas de criar um ETF do Bitcoin.
Como dá para entender, um ETF é algo saudável para o mercado financeiro, trazendo ótimos benefícios para uma parcela dos investidores. Então porque não aplicar isso no criptomercado? É exatamente isso que muitas empresas e entidades tentam fazer desde 2016, mas que acabaram sempre esbarrando na regulamentação e na aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
A primeira tentativa de criar um ETF do Bitcoin foi pouco antes do grande boom de 2017. A proposta foi criada pela Bats BZX Exchange, com a intenção de listar e negociar cotas do Winklevoss Bitcoin Trust. A proposta foi rejeitada pela SEC em 2017, que justificou que o mercado do Bitcoin era não regulamentado, muito volátil e que permitia manipulação.
Essas tentativas continuaram em 2018, quando ganharam apoio de um dos comissários da SEC, Hester Peierce, que hoje é conhecida como “Bitcoin Mom”. Todas as propostas traziam argumentos de como o mercado amadureceu, se tornou muito mais resiliente a manipulações e é até mesmo mais regulado em diversas partes do mundo.
A tentativa de criar uma ETF para a maior criptomoeda do mundo poderia ser a garantia de aceitação maior por parte do público e por parte das instituições e era considerado por muitos como um catalizador de uma nova máxima de preço para o criptoativo.
Depois de várias tentativas negadas ou até mesmo canceladas pelos criadores, em setembro de 2020, houve a primeira aprovação de uma ETF de Bitcoin no mundo! E a proposta foi criada pela empresa brasileira Hashdex.
Chamado de Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF, o produto foi desenvolvido em parceria com a bolsa americana Nasdaq e será listado na Bolsa de Valores de Bermudas.
Com a aprovação do ETF do Bitcoin temos uma mudança considerável no criptomercado: no âmbito regulatório, temos a certeza de que o Bitcoin está sendo levado muito mais à sério que antes. Esse é um importante passo para toda a segurança regulatória do Bitcoin, e é uma das fundações para uma maior adoção institucional no futuro.
Mas e o preço? Essa é com certeza a maior dúvida em relação a como uma ETF de Bitcoin pode alterar o mercado dos criptoativos. Muitos especialistas e investidores veêm esse momento como um importante catalisador para uma nova alta.
Com a facilidade e segurança que um ETF pode trazer para o mercado de Bitcoin em diferentes níveis, na teoria isso trará uma onda de novos investidores para o ativo. Como o preço do BTC é determinado pela lei de oferta e demanda, com um aumento de procura o preço vai aumentar consideravelmente. Sendo assim, a recente aprovação do ETF do Bitcoin é uma ótima notícia e pode sim significar um novo ciclo com tendência de alta para uma nova máxima histórica.