Apesar de ser considerado seguro, o investimento em imóveis também demanda alguns pontos de atenção. Confira clicando aqui!
O investimento em imóveis é considerado uma das formas mais seguras de aumentar o patrimônio. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a modalidade é a que menos sente o impacto de crises financeiras, visto que, quando os ativos de renda variável mostram grandes quedas, o preço dos imóveis é pouco afetado.
Ao longo de uma década, o levantamento da Abrainc mostrou que a valorização dos imóveis superou os retornos de aplicações em renda fixa. Entre 2012 e 2022, o rendimento médio anual dos imóveis chegou a 12,2%, contra 8,6% do Certificado de Depósito Bancário (CDB), 5,8% da Poupança e 6,6% da inflação.
O ativo imobiliário permite que o investidor usufrua tanto da valorização do preço do imóvel como do aluguel, que pode ser uma fonte de complemento para a renda familiar. No entanto, deve-se levar em consideração o risco de inadimplência, quando o inquilino deixa de pagar o aluguel, e a possibilidade danos ao imóvel, que geram custos adicionais ao proprietário.
Apesar da tendência de valorização dos imóveis, assim como qualquer outro ativo cujo preço é dado pelas regras de mercado, eles também estão sujeitos à desvalorização. O economista e professor da FIA Business School, Carlos Honorato, ressaltou à Forbes a importância de ter uma estratégia de investimentos bem definida, além de visão a longo prazo e capacidade financeira.
Entre os fatores a serem analisados antes do investimento, apontados por Honorato, está a análise de demanda local por imóveis na região, assim como o valor médio dos aluguéis, os custos de manutenção e o potencial de valorização. Esses fatores impactam diretamente a rentabilidade do investimento. Existe ainda o risco de vacância, ou seja, de o imóvel ficar desocupado por longos períodos e afetar a geração de renda.
A valorização imobiliária também pode ser influenciada por elementos como infraestrutura, localização e segurança da região. Imóveis em áreas bem desenvolvidas e com boa infraestrutura tendem a valorizar mais rapidamente
De acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), o imóvel comprado na planta pode valorizar entre 20% e 50% após a conclusão da construção. Porém, é necessário tomar alguns cuidados.
O Jusbrasil recomenda verificar se o projeto do empreendimento encontra-se aprovado e o seu memorial de incorporação registrado, além de pesquisar se a incorporadora e a construtora têm credibilidade, analisando há quanto tempo trabalham no mercado, quantos empreendimentos entregaram, o padrão de qualidade e pontualidade na entrega.
Os imóveis comprados em leilão também podem ser um ótimo investimento. Segundo informações da Jusbrasil, os imóveis leiloados são vendidos com valores entre 40% e 60% mais baratos do que os oferecidos no mercado imobiliário tradicional.
Quem adquire casas e apartamentos em leilão no Ceará, por exemplo, pode garantir preços mais acessíveis e, se decidir alugar ou vender posteriormente, obter um bom retorno sobre o investimento. O mercado imobiliário cearense vive o seu melhor período nos últimos oito anos e deve fechar 2024 com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 7 bilhões, conforme aponta o Sinduscon-CE.
No entanto, antes de adquirir um imóvel nessa modalidade, é aconselhável observar o entorno e o potencial de crescimento da região, visto que o desenvolvimento econômico local pode influenciar no valor da propriedade. Também é recomendado ter atenção às negociações e analisar os dados presentes no edital do leilão, que traz especificações sobre as condições da propriedade, a quantidade de cômodos e as formas de pagamento.
Os leilões acontecem tanto presencialmente quanto remotamente, o que facilita o processo de aquisição. Aqueles que desejam adquirir um imóvel em Pernambuco, por exemplo, podem filtrar os resultados no Google, pesquisando por “Leilão de imóveis em Pernambuco”.
Para calcular a valorização de um imóvel, é preciso considerar diversos fatores que influenciam seu valor ao longo do tempo, como a avaliação comparativa de mercado, que analisa imóveis semelhantes na mesma região que foram vendidos recentemente. O preço médio por metro quadrado desses imóveis serve como referência para determinar o valor do imóvel em questão.
Outra abordagem é utilizar índices de valorização como o Índice FipeZap, que mede a variação de preços dos imóveis em diversas regiões do Brasil, dando uma perspectiva sobre o desempenho do mercado. Segundo o indicador, os preços dos imóveis residenciais no Brasil registraram em agosto um crescimento de 0,71%.
A valorização leva em consideração diversos índices de mercado, como o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O primeiro é amplamente utilizado para reajustar aluguéis e contratos de financiamento, sendo um indicador importante para investidores no setor imobiliário.
Não existe apenas um cálculo específico para determinar o quanto um imóvel pode valorizar, mas é possível encontrar calculadoras de valorização de imóveis online para ter uma noção.
