Você conhece os ICOs (Initial Coin Offering)? São parecidos com os IPOs do mundo das ações, mas para criptomoedas. Confira aqui mais sobre o assunto.
Se você acompanha o criptomercado há alguns anos, o termo ICO com certeza já deve ter aparecido em algum momento. Apesar de não estar mais na hype como há alguns anos, as ICOs são muito importantes para estrutura geral do mercado.
ICO significa Initial Coin Offering ou Oferta Inicial de Moedas, no bom português. Ou seja, como o nome já indica, é a oferta de um token digital para diferentes investidores em um estágio inicial de um projeto.
Por um tempo as ICOs representaram o principal investimento de risco. Conheça mais sobre as ICOs, cobre como elas funcionam e principalmente se ainda vale a pena pensar nesses investimentos.
O funcionamento de uma ICO é bem simples, basta entender que elas funcionam como uma arrecadação de fundos. Por não ser regulamentada como as IPOs (entraremos nesse assunto mais para frente) esse tipo de arrecadação bombou recentemente.
As ICOs servem justamente para angariar fundos para que um projeto seja lançado para seus clientes. De forma bem simples:
Com o boom das ICOs muitas empresas conseguiram criar os mais diversos projetos e angariar investidores para viabilizá-los. E com isso, muitos tiveram a oportunidade de investir em projetos promissores que retornaram bons lucros e outros, nem tanto.
Por fim, a empresa precisava continuar entregando o que foi prometido em seu whitepaper e também a listagem em corretoras para que os clientes pudessem lucrar com os ativos.
O grande boom das ICOs aconteceu em 2017, quando o Bitcoin também estava em seu auge. Em 2018 as coisas enfraqueceram e por volta de 2019, foram praticamente extintas, com poucos projetos criados recentemente.
No entanto, as ICOs foram muito importantes para que o mercado amadurecesse de forma consistente, mesmo que tenha sido um período bem complicado para muitos investidores. Com mais e 5 mil ICOs entre 2017 e 2018, muitas dessas dando muito prejuízos ou sendo golpes, o criptomercado forçou a busca por uma regulamentação mais firme por parte de alguns órgãos. Tudo isso fez com que os poucos projetos que se mantiveram fossem fortalecidos por essas regulamentações, tornando-se mais seguros.
Uma IPO é realizada de forma completamente diferente de uma ICO. Uma IPO, que quer dizer Oferta Pública Inicial, é quando uma empresa de capital privado decide se tornar aberta ao público, vendendo as suas ações.
Isso é realizado com muito mais restrições que as ICOs. No caso das IPOs é necessário pedir permissão dos órgãos responsáveis e as ações são vendidas em Bolsas de Valores. Esse é um processo muito mais burocrático realizado por empresas centralizadas e não possuem semelhanças com as ICOs.
Além das ICOs e das IPOS, recentemente também tivemos as IEOs, Ofertas Iniciais de Exchange. A ideia é bem parecida com a oferta inicial de moedas, mas tudo é mediado por uma exchange, que já garante a listagem do token após a distribuição.
O histórico das ICOS é bem interessante. Tivemos uma grande explosão de projetos e valor em 2017, com o interesse especulativo era fácil acrescentar valor a diferentes tokens e ecossistemas descentralizados. Nesse período era comum encontrar moedas que conseguiam criar tokens com uma recuperação de investimento considerável.
No entanto, quando chegou 2018 e o preço do Bitcoin caiu, a grande maioria das ICOs quebrou junto, perdendo bilhões de dólares no caminho. Durante 2019 e 2020 o número de novos projetos despencou consideravelmente.
Em 2018 eram criados cerca de 100 ICOs por mês. Desde o começo de 2020 tivemos apenas 16 ICOs criadas. Podemos dizer que a história desses projetos acabou durante 2019, dando espaço para muitas outras ideias, algumas muito mais sólidas e seguras, outras nem tanto.
No entanto, a dica sempre é a mesma: sempre faça a sua própria pesquisa antes de investir.