ICO: O que é e como funciona o lançamento de criptomoedas

Você conhece os ICOs (Initial Coin Offering)? São parecidos com os IPOs do mundo das ações, mas para criptomoedas. Confira aqui mais sobre o assunto.

Redação Coinext
Última atualização:
13/5/2024
Criptomoedas

Se você acompanha o criptomercado  há alguns anos, o termo ICO com certeza já deve ter aparecido em algum momento. Apesar de não estar mais na hype como há alguns anos, as ICOs são muito importantes para estrutura geral do mercado.

ICO significa Initial Coin Offering ou Oferta Inicial de Moedas, no bom português. Ou seja, como o nome já indica, é a oferta de um token digital para diferentes investidores em um estágio inicial de um projeto.

Por um tempo as ICOs representaram o principal investimento de risco. Conheça mais sobre as ICOs, cobre como elas funcionam e principalmente se ainda vale a pena pensar nesses investimentos.

Como funciona

O funcionamento de uma ICO é bem simples, basta entender que elas funcionam como uma arrecadação de fundos. Por não ser regulamentada como as IPOs (entraremos nesse assunto mais para frente) esse tipo de arrecadação bombou recentemente.

As ICOs servem justamente para angariar fundos para que um projeto seja lançado para seus clientes. De forma bem simples:

  • Imagine que você tem a ideia de um projeto que acredita que dará um bom dinheiro, mas não tem capital inicial para investir.
  • Você cria uma ICO para vender tokens do seu projeto antes mesmo do lançamento para levar os valores necessários.
  • Após os rounds de investimento terem terminados e o projeto ser lançado, as moedas então são liberadas para o público.

Com o boom das ICOs muitas empresas conseguiram criar os mais diversos projetos e angariar investidores para viabilizá-los. E com isso, muitos tiveram a oportunidade de investir em projetos promissores que retornaram bons lucros e outros, nem tanto. Algumas criptomoedas famosas por seu ICO, incluem:

  1. Ethereum (ETH);
  2. Cardano (ADA);
  3. EOS (EOS);
  4. TRON (TRX);
  5. Tezos (XTZ);
  6. Binance Coin (BNB);
  7. Chainlink (LINK);
  8. Polkadot (DOT).

Quais as etapas de uma ICO?

As ICOs costumavam funcionar com etapas bem distintas:

  • O primeiro passo vem com a criação de um projeto e a elaboração de um whitepaper. O whitepaper é a especificação do processo de criação do token, os casos de uso, os planos para valorizar o ativo e manter o funcionamento da blockchain.
  • Após o whitepaper ser divulgado e através de campanhas de marketing, é iniciado o processo de Abertura da Oferta Inicial. Durante essa etapa a empresa faz a proposta do seu ativo digital e clientes podem comprar a criptomoeda. Alguns projetos também funcionavam com a reserva de moedas.
  • A oferta inicial também poderia ter mais de um round ou então etapas institucionais e varejistas. Essas etapas eram feitas até que o valor para a distribuição das moedas fosse alcançado. Em 2017, era comum que as moedas fossem compradas com o Bitcoin ou o Ethereum.
  • Uma vez que o valor era alcançado, os tokens eram distribuídos entre os investidores que participaram da oferta.

Por fim, a empresa precisava continuar entregando o que foi prometido em seu whitepaper e também a listagem em corretoras para que os clientes pudessem lucrar com os ativos.

As ICOs são boas para o mercado?

O grande boom das ICOs aconteceu em 2017, quando o Bitcoin também estava em seu auge. Em 2018 as coisas enfraqueceram e por volta de 2019, foram praticamente extintas, com poucos projetos criados recentemente.

No entanto, as ICOs foram muito importantes para que o mercado amadurecesse de forma consistente, mesmo que tenha sido um período bem complicado para muitos investidores. Com mais e 5 mil ICOs entre 2017 e 2018, muitas dessas dando muito prejuízos ou sendo golpes, o criptomercado forçou a busca por uma regulamentação mais firme por parte de alguns órgãos. Tudo isso fez com que os poucos projetos que se mantiveram fossem fortalecidos por essas regulamentações, tornando-se mais seguros.

Diferenças entre ICO e IPO

Uma IPO é realizada de forma completamente diferente de uma ICO. Uma IPO, que quer dizer Oferta Pública Inicial, é quando uma empresa de capital privado decide se tornar aberta ao público, vendendo as suas ações.

Isso é realizado com muito mais restrições que as ICOs. No caso das IPOs é necessário pedir permissão dos órgãos responsáveis e as ações são vendidas em Bolsas de Valores. Esse é um processo muito mais burocrático realizado por empresas centralizadas e não possuem semelhanças com as ICOs.

Além das ICOs e das IPOS, recentemente também tivemos as IEOs, Ofertas Iniciais de Exchange. A ideia é bem parecida com a oferta inicial de moedas, mas tudo é mediado por uma exchange, que já garante a listagem do token após a distribuição.

Histórico do ICO

O histórico das ICOS é bem interessante. Tivemos uma grande explosão de projetos e valor em 2017, com o interesse especulativo era fácil acrescentar valor a diferentes tokens e ecossistemas descentralizados. Nesse período era comum encontrar moedas que conseguiam criar tokens com uma recuperação de investimento considerável.

No entanto, quando chegou 2018 e o preço do Bitcoin caiu, a grande maioria das ICOs quebrou junto, perdendo bilhões de dólares no caminho. Durante 2019 e 2020 o número de novos projetos despencou consideravelmente.

Em 2018 eram criados cerca de 100 ICOs por mês. Desde o começo de 2020 tivemos apenas 16 ICOs criadas. Podemos dizer que a história desses projetos acabou durante 2019, dando espaço para muitas outras ideias, algumas muito mais sólidas e seguras, outras nem tanto.

No entanto, a dica sempre é a mesma: sempre faça a sua própria pesquisa antes de investir.

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Redação Coinext
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