O que está por trás dos movimentos do Bitcoin? Veja a análise semanal com foco técnico e macroeconômico, incluindo altcoins, ETFs e dados que movem o mercado.

Este artigo é atualizado semanalmente às quartas-feiras para trazer a análise técnica do Bitcoin e do mercado de criptomoedas. Você sempre verá:
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A semana se inicia com investidores ainda digerindo o segundo corte de juros promovido pelo Federal Reserve em 2025 e focados simultaneamente na desaceleração do mercado de trabalho e na inflação persistente. Com o shutdown parcial do governo dos EUA já em seu segundo mês — num contexto de visibilidade macroeconômica comprometida — as atenções se voltam para a temporada de balanços, com destaque para o setor de tecnologia.
As empresas de tecnologia continuam como principal vetor de atenção: a AMD divulga resultados na terça‑feira, com o mercado de olho no contrato de fornecimento de chips de IA à Oracle Corporation assinado em outubro. Também nesta semana, a Qualcomm — que lançou dois novos chips voltados para data centers — e a Arm Holdings apresentam seus números, em meio à forte demanda por soluções embarcadas de inteligência artificial. Entre os players de software, a Palantir Technologies reporta resultados na segunda‑feira, após ver suas ações dobrarem em valor ao longo do ano, impulsionadas pela adoção crescente de suas plataformas de IA.
No cerne desta “super‑quarta” do FOMC (29 de outubro), o Fed sinalizou mudanças importantes: além do corte de 25 pontos‑base, o comitê anunciou o fim do programa de aperto quantitativo (QT), marcado para 1º de dezembro. O Fed acumulou 50 bps de afrouxamento em 2025 e agora classifica sua política como “moderadamente restritiva”, próxima do nível neutro. O fim do QT — e a transição para um balanço mais estável — sugere que a economia pode contar com maior liquidez a partir de 2026. Valores da política monetária foram calibrados com a justificativa de que os riscos no mercado de trabalho aumentaram, mesmo com a inflação ainda acima da meta de 2%.
Confira o que marcou o mercado macroeconômico:
As empresas de tecnologia permanecem como um dos principais vetores à frente da semana. A AMD divulga seus resultados na terça‑feira, com o mercado aguardando detalhes sobre o acordo de fornecimento de chips de IA à Oracle Corporation firmado em outubro. Também nesta semana, a Qualcomm — que lançou recentemente dois novos chips voltados para data centers — e a Arm Holdings apresentam seus números, em meio a forte demanda por soluções embarcadas para inteligência artificial. No campo de software, a Palantir Technologies reporta na segunda‑feira, após ver suas ações dobrarem de valor ao longo do ano, impulsionadas pela crescente adoção de suas plataformas de IA.
O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou mudanças importantes na orientação da autoridade monetária. A reunião do FOMC confirmou o corte de 25 pontos‑base na taxa básica, o encerramento do programa de aperto quantitativo (QT) e a adoção de uma postura mais equilibrada entre controle da inflação e estabilidade no emprego.
Com o segundo corte do ano, totalizando 50 bps de afrouxamento em 2025, o FED considera que a política monetária está agora “moderadamente restritiva”, próxima do nível neutro estimado entre 3% e 4%. O ajuste foi justificado pelo aumento dos riscos no mercado de trabalho, mesmo com a inflação permanecendo acima da meta de 2%.
O banco central anunciou que encerrará o programa de redução do balanço em 1º de dezembro. A nova fase da política de balanço inclui: manutenção do tamanho atual do balanço por tempo indeterminado, reinvestimento dos vencimentos de títulos lastreados (MBS) em Treasuries e gradual transição para um portfólio mais curto e concentrado em títulos do Tesouro.

Além disso, o Fed citou pressões nos mercados de funding e sinalizou que os níveis de reservas estão se aproximando do patamar "amplo" necessário para garantir estabilidade no sistema financeiro. Com isso, uma nova fase da política de balanço será iniciada, que inclui:
Powell ressaltou que o aumento das tarifas está pressionando os preços de bens e contribuindo para a inflação agregada, classificando esse fator como um “choque de nível” — pontual — e não estrutural. Ainda assim, o Fed continuará monitorando esse vetor de risco com atenção.
Os dados mais recentes indicam desaceleração nas contratações e leve alta na taxa de desemprego, sem sinais de deterioração acelerada. O Fed enxerga esse movimento como uma “moderação ordenada”, com os indicadores de pedidos de seguro‑desemprego e de vagas abertas confirmando esse diagnóstico.
Apesar das novas máximas no S&P 500, o sentimento do mercado segue pressionado. O prolongamento do shutdown nos EUA mantém o clima de cautela, e o índice de Medo e Ganância avançou modestamente para 45 pontos, ainda próximo da zona de medo.

Com os dados oficiais ainda paralisados pelo shutdown do governo dos EUA, indicadores privados ganham protagonismo nesta semana. O foco inicial recai sobre os índices industriais, divulgados na segunda-feira, seguido pelo Relatório de Emprego da ADP, previsto para quarta-feira — um dos poucos termômetros disponíveis sobre o mercado de trabalho. Na sexta-feira, a atenção se volta para a fala de John Williams, presidente do Federal Reserve de Nova York, que pode trazer novas sinalizações sobre os rumos da política monetária.
No campo corporativo, a temporada de balanços segue aquecida. Os destaques ficam para segunda-feira (4), com a divulgação dos resultados da Palantir (software), e terça-feira (5), quando AMD, Qualcomm e Arm — gigantes do setor de chips — apresentam seus números em meio à crescente demanda por soluções de inteligência artificial.
Após romper o gatilho otimista em 6.733 pontos, o índice alcançou regiões-alvo de curto e médio prazo, tanto mensais quanto anuais. No entanto, a deterioração do cenário macroeconômico, agravada pelo prolongamento do shutdown nos EUA, pressionou o S&P, que perdeu o suporte em 6.817 pontos e agora oscila ligeiramente abaixo desse patamar.
Confira os principais gatilhos:

O Bitcoin volta a operar sob pressão, sendo negociado em torno de US$101,2 mil, seu menor patamar desde o fim de junho. A tendência de curto prazo segue fragilizada, refletindo a perda de força compradora e o aumento da cautela entre investidores. O cenário reacende dúvidas sobre uma possível virada de ciclo, mas, apesar do clima de tensão, ainda não há sinais claros de que o mercado tenha entrado em um novo bear market.
Movimentos semelhantes ocorreram outras vezes ao longo desse ano. O índice de medo e ganância, por exemplo, voltou a níveis vistos pela última vez em abril, quando o BTC caiu abaixo de US$75 mil durante a crise tarifária. Em junho, o ativo foi negociado brevemente abaixo de US$100 mil em meio às tensões geopolíticas envolvendo Irã e Estados Unidos. Nos dois casos, o recuo foi seguido por fortes recuperações que levaram o Bitcoin a renovar recordes em maio e julho.
O comportamento atual também lembra os períodos de consolidação observados no início de 2021, que historicamente antecederam ciclos significativos de valorização. Mas afinal, o que está acontecendo com o BTC? A pressão recente sobre o Bitcoin está diretamente relacionada ao ambiente macroeconômico mais restritivo.
Mesmo após o corte de juros, as chances de novas reduções pelo Federal Reserve diminuíram, refletindo uma postura mais cautelosa da autoridade monetária. Ao mesmo tempo, o Índice do Dólar (DXY) superou a marca dos 100 pontos, um movimento que geralmente pressiona ativos de risco.
A esse cenário soma-se o prolongamento do shutdown do governo dos EUA, que continua limitando a divulgação de dados econômicos importantes, como inflação e consumo. Isso compromete a visibilidade sobre o quadro macroeconômico e dificulta a calibragem da política monetária, elevando o nível de incerteza nos mercados.
Apesar da perda de correlação com o Nasdaq desde o fim de 2024, o Bitcoin ainda reage ao desempenho das big techs. Empresas como Apple, Microsoft e Alphabet seguem concentrando boa parte da liquidez global e são vistas como um termômetro do apetite por risco, influenciando diretamente o comportamento do BTC. Com o restante do setor de tecnologia perdendo tração, essas empresas continuam sendo um termômetro relevante para o comportamento do BTC.
Apesar do momento de fragilidade, o Bitcoin segue acima da faixa dos US$100 mil, mantendo um suporte psicológico importante, já sustentado por 180 dias. O suporte técnico entre US$101 mil e US$103 mil é o nível-chave no curto prazo. Caso seja rompido, o mercado pode buscar patamares mais baixos, com alvos em US$ 97,4 mil e US$93,7 mil. Uma perda mais acentuada abriria espaço para quedas até US$ 78,7 mil e US$70,3 mil. A estrutura de médio prazo ainda é construtiva. O BTC segue acima de sua linha de tendência de baixa predominante, como citado acima, e há fatores potenciais de sustentação no horizonte:
Além disso, uma reversão técnica ainda está no radar e começaria a ganhar tração com fechamentos consistentes acima dos US$103 mil, sendo potencialmente confirmada com o rompimento da resistência em US$108 mil. Adicionalmente, o mercado pode estar se aproximando do fim de mais um ciclo de correlação negativa com o S&P 500, Nasdaq e ouro, um padrão técnico que historicamente sinaliza transições entre fases de correção e recuperação, geralmente em janelas de cerca de 60 dias. Portanto, o momento inspira cautela, mas ainda não indica um esgotamento estrutural do ciclo do Bitcoin.
A consolidação em torno dos US$100 mil pode ser apenas uma pausa temporária antes de uma possível retomada, especialmente se houver sinais de maior estabilidade no ambiente macroeconômico. Diante da ausência de sinalizações mais claras no cenário macroeconômico, os níveis de preço assumem o papel de principal indicador no curto prazo.
Nesse contexto, torna-se fundamental acompanhar de perto os suportes e resistências do mercado, além da liberação dos dados econômicos represados pelo shutdown do governo dos EUA. As próximas sinalizações do Federal Reserve também ganham relevância, em especial, a fala do presidente do Fed de Nova York, John Williams, nesta sexta-feira, que pode oferecer pistas importantes sobre os rumos da política monetária e influenciar diretamente o comportamento dos ativos de risco.
Ao mesmo tempo, a temporada de balanços continua intensa, com cerca de 20% das empresas do S&P500 (incluindo nomes como AMD e Palantir) divulgando seus resultados nos próximos dias. Esses eventos podem influenciar diretamente o apetite por risco nos mercados globais e ajudar a definir os rumos do ouro digital.
Com o Bitcoin fechando o mês abaixo de US$ 110 mil, quais são os cenários de curto prazo?
O viés de alta no curto prazo depende de uma reação técnica mais forte. O otimismo só ganha força com fechamentos semanais acima de US$ 115,8 mil, enquanto um primeiro sinal positivo surgiria com candles diários superando a região dos US$ 110 mil.

Em um movimento otimista aguardado pelo mercado, a dominância do Bitcoin confirmou um pivô de alta no gráfico semanal ao romper a região de 59,56%. Esse padrão técnico reforça a probabilidade de manutenção da força relativa do BTC nos próximos dias, sustentando o cenário de menor risco estrutural. Com isso, o mercado pode começar a se posicionar para uma possível altseason, especialmente se os vetores da política monetária seguirem alinhados com as expectativas de maior liquidez no horizonte.

O indicador de Altseason segue lateralizado entre 37 e 43 pontos, uma faixa considerada saudável, pois favorece a formação de suportes no Bitcoin. Para as altcoins, a continuidade desse movimento lateral nas próximas semanas seria vista de forma positiva, ao indicar um ambiente de consolidação no mercado.
No entanto, contrariando as expectativas, o Bitcoin perdeu seu principal suporte local. Para que a Altseason ganhe tração, o cenário ideal envolve fechamentos semanais acima de US$116 mil ou, no mínimo, uma estabilização acima da faixa dos US$110 mil.

Após três semanas testando o suporte crítico em US$ 3.977, o Ethereum perdeu força e confirmou a tendência de baixa no gráfico semanal, abrindo espaço para um possível teste da estrutura de alta no mensal.
O centro do range atual está entre US$ 3.370 e US$ 3.573 — região que atua como suporte intermediário no curto prazo.
Pelo viés mais pessimista, os suportes decisivos permanecem em US$ 2.873. A manutenção desse nível é essencial para evitar a confirmação de um novo bear market.

A Sui Network surgiu como a evolução técnica do projeto Diem da Meta, com foco em performance, paralelismo e experiência do usuário, e rapidamente se consolidou como uma das Layer 1 mais promissoras de 2025. Desenvolvida pela Mysten Labs e impulsionada pela Sui Foundation, a rede aposta em execução paralela de transações, modelo orientado a objetos e taxas baixíssimas, tudo com suporte à tokenização, DeFi, gaming e integração cross-chain com Ethereum e Bitcoin.
O token $SUI, sem inflação programada, funciona como meio de pagamento, staking e governança on-chain, com 10 bilhões de unidades fixas e destruição de taxas para controle de oferta. Com market cap de US$ 8,8 bilhões, 700 mil usuários ativos diários e parcerias com BlackRock, Ethena e Fireblocks, o projeto ganha tração via stablecoins nativas e RWAs institucionais.
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